terça-feira, 29 de maio de 2012


DIÁRIO DE GUERRA: FÚRIAS DE BUMBÁS E A PROVIDÊNCIA PACÍFICA DO DIVINO

Neste último sábado e domingo, 26 e 27 de maio, encerram-se as celebrações religiosas da tradicional Festa do Divino da Pérola do Mamoré, com a realização da cerimônia do levantamento do Mastro e de um grande arraial montado no pátio da Igreja dedicada ao Divino.

Na reta final, a festa do Divino de Guajará-Mirim reúne por volta de duas mil pessoas, entre romeiros e visitantes, seguidores fiéis desta tradicional atividade religiosa e turística realizada em terras da Pérola do Mamoré.

Havia me preparado para explorar ao máximo os festejos do Divino de Guajará, ‘clicando’ tudo que passasse pela frente das lentes da objetiva, de forma que fosse possível contribuir, dando mais e maior visibilidade para o Divino da Pérola.

Nem tudo sai como o planejado. No sábado estive na Igreja do Divino, localizado no bairro São José. Fique surpreso com a quantidade do público ali presente. Com a objetiva, fiz vários flagrantes da festa e da devoção do povo ao Divino.

Domingo, 27, foi o último dia desta grande festa religiosa. Separei a máquina fotográfica, caneta e bloco de nota para colher o máximo de informações durante o acompanhamento da procissão que eu pretendia fazer de bicicleta, enquanto efetuava o registro do cortejo do Divino, que percorreria por algumas ruas da cidade.

Porém, minutos antes da hora marcada recebi uma convocação para participar de uma missão delicada, envolvendo artistas e diretores do Boi do bairro Tamandaré. A ação era simples: encerramento de contrato rompido entre artista e a agremiação vermelha.

A negociação, que parecia ser simples, ganhou moldura tensa, nervosa e demorada. Aos poucos, a conversa descambou pelas veredas obscuras das acusações, das baixarias, do bate-boca e da lavação de roupa suja.

O artista com o qual se negociava, em um impensado rasgo de atitude emocional, resolveu convocar para sua defesa, a Diretoria do boi contrário que em pouquíssimos minutos chegou e entrincheirou-se em frente da residência onde se dava o embate dialógico.

 E foi assim que se compôs o cenário de guerra: de um lado, sitiados dentro da residência estavam a Presidente, eu e o filho da ex-presidente do bumbá vermelho e branco, acompanhados do artista rebelado, sua auxiliar e amigos. Do outro lado, ferozmente entrincheirados, a titular do exército Azul e Branco e seus fieis escudeiros, bravejando farpas dos mais variados calibres e ameaçando invadir a residência.

O clima era hostil, de combate feroz. Sem brincadeira nenhuma, o cenário de pré-guerra começou me deixar nervoso. Um calafrio ziguezagueava todo meu corpo. Nunca tinha estado antes em um front de batalha. O que fazer? As negociações por mim intermediadas, para retirada pacífica de todas as tropas, tanto do lado vermelho quanto do lado azul, foram em vão. Falharam.

O termômetro subia a cada minuto. Estávamos em desvantagem numérica, mesmo considerando um reforço em nossas tropas, enviado de última hora, para nos socorrer: três bravos soldados da flâmula vermelha. Dois tão magrelos que, somados seus pesos deveriam chegar em 80 quilos, no máximo. O outro baixinho e buchudinho. Não sei se seria possível enfrentar o inimigo com êxito, pelejando com um exercito deste calibre: dois pinguços e um cara de carola. Porra!

Foi quando, repentinamente, tive a ideia de recorrer ao Divino. Pedir sua intercessão. Queria saí dali vivo, inteiro. Não pensei duas vezes e fiz minhas promessas.

Não quero nem saber se ano que vem, ao final da procissão do último dia das celebrações do Divino, se terei ou não as rótulas dos joelhos, de tanto esfrega-los no chão: antes com a perna dura do que morto.

Queria o fim do conflito armado. Sair-me daquela enrascada, de preferência inteiro, nem que para isto tivesse de fazer algumas concessões, entregar alguns anéis e dedos, negociar o que fosse possível, inclusive o que você esta pensando, caro leitor. Não seria a primeira vez, na história da humanidade, que a paz se selaria na alcova.

Minhas preces, por vias tortas, foram atendidas. O Divino me ouviu e me mostrou uma saída, clamei!

Por alguns minutos, a armada azul e branca se retirou do cenário de guerra, indo combater em frente ao Palácio Residencial de nossa presidente. Neste momento articulei um discurso e convenci nossa tropa se retirar do interior da residência, o que foi feito.

O final desta história, caros leitores e amantes da brincadeira de boi-bumbá, é que as duas diretorias foram parar na Delegacia de Polícia, registrando ocorrência contra a sua respectiva agremiação arquirrival.

Resumo da ópera: depois de muito bate-boca, chiliques e nervosismo, o fato é que ninguém invadiu residência nenhuma e nem ninguém esbofeteou ninguém. Entre mortos e feridos, sobreviveram todos. Vale, então, o dito popular: passarinho que come pedra sabe o cú que tem!  
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segunda-feira, 28 de maio de 2012

A INVEJA VISTA POR UM PSICOTERAPEUTA

A inveja é considerada pela igreja um dos sete pecados capitais e a psicanálise a entende como fonte de muitos sofrimentos mentais. Ninguém está imune de sentir inveja, o que a torna então algo natural, mas como tudo na vida qualquer sentimento requer equilíbrio para que não venha a trazer problemas.

Como dito acima a inveja faz parte da vida e não há como negar sua existência. Alguém dizer que nunca sentiu inveja e que está acima disso está mentindo ou no mínimo se enganando. É que não gostamos de reconhecer que possuímos sentimentos desse tipo. Então não se assuste por perceber que tem inveja, até muitos santos admitiram a terem sentido.

O problema é quando a inveja começa a corroer nossas vidas e estragar nossas potencialidades. É quando achamos que o outro tem tudo e nós nada, que o outro tudo pode e nós não podemos nada, que o outro tudo ganha e recebe e nós só ficamos com as migalhas. Ficar nesse estado é desesperador para não dizer até enlouquecedor. A pessoa dominada pela inveja não acredita nela mesma e se acha a pior das criaturas quando pensa que os outros são bem melhores do que ela. O invejoso está sempre se comparando e essa atitude só termina por fazê-lo se sentir pior.

Para se defender disso tudo o invejoso passa a atacar o objeto de sua inveja, assim se sente superior e acha que se protege de uma comparação que só o desfavorece. Talvez um exemplo possa ajudar a entender. Imaginemos que alguém compre um carro e está muito feliz com sua aquisição e mostre para uma pessoa. Essa hipotética pessoa pode até sentir inveja, querer também ter um carro novo e bonito, mas mesmo assim ela pode se alegrar pelo sucesso do outro, ela consegue ficar feliz pelo outro e acredita no seu próprio potencial de que irá conseguir ter o seu carro assim que for possível. Essa é uma pessoa saudável e que sabe lidar com seu sentimento de inveja. Imaginemos agora uma outra pessoa que não seja tão saudável assim. Ela verá o carro novo e se sentirá mal, porque em sua comparação o outro tem e ela não e isso não é gostoso de sentir. Assim, para se proteger dessa sensação de falta, ela critica e acha um defeito Você comprou um carro verde? Mas branco é a melhor cor. Um carro dessa marca eu ouvi que traz muitos problemas, tal marca é bem melhor. Enfim, ela ataca o outro como forma de se defender. No entanto, o sentimento de menos valia continua a persistir e faz com que ela se sinta desprovida de coisas boas e passe a desacreditar de si mesma.

Não é só sobre um objeto físico e concreto que podemos sentir inveja, mas de sentimentos também. Sentimos inveja de um outro que é amado e reconhecido. Podemos até sentir inveja de alguém que é capaz de nos amar quando nós mesmos não conseguimos. A inveja é destrutiva porque quem a sente não acredita no seu potencial, mas se denigre e destrói tudo que de bom possui. Vê o mundo como um lugar hostil que só serve para lembrar das coisas que não se tem e esquecer das coisas boas que tem. Para se vencer a inveja é necessário um trabalho interno que permita a pessoa crer mais em si e em desenvolver coisas boas internas. Se enriquecendo internamente ela poderá olhar para si própria de uma maneira bem mais amorosa e que a faça acreditar na sua capacidade de conseguir e viver coisas boas. Ser generoso consigo é a melhor maneira de não ficar vulnerável à inveja.

quinta-feira, 24 de maio de 2012


MAIS UMA BAIXA NAS TRINCEHIERAS DO FLOR DO CAMPO
  
Rafaela e Breno Costa
Ontem, quarta-feira, 23, por volta das 19h30min recebi uma mensagem via celular, assinada pelo Coreografo Breno Costa Tavares, artista de Parintins contratado pelo bumbá do Bairro Tamandaré.

Para minha surpresa, a mensagem trazia o seguinte texto: “amigo me desculpe, mas estou indo trabalhar no Malhadinho”.

A notícia caiu como uma bomba na quadra esportiva da EEEFM Almirante Tamandaré, onde se encontravam vários dançarinos e tribos que vinham sendo ensaiados por Breno, há aproximadamente dois meses.

Em menos de uma semana, esta é a segunda grande baixa no quadro de artista do Boi-Bumbá Flor do Campo.

No último sábado, 19, durante a realização do II Feijão e Toada, Regis Lopes, artista-figurinista e interprete do personagem pajé, depois de sua apresentação naquele evento, pediu o microfone e, pegando a todos de surpresa, anunciou sua saída do boi.

Resta-nos saber, se no pacote que tirou Breno Costa da equipe de arte da Nação Vermelha e Branca, também foram juntos  seus auxiliares Rafaela Rodrigues de Lima e Nadson Ramos Souza.

Ao amigo Breno, fica o agradecimento pelo período em que convivemos jutos, partilhando projetos e sonhos. A Diretoria do Boi Flor do Campo, brincantes, amigos e amores desejam-lhe boa sorte na nova caminha.

quarta-feira, 23 de maio de 2012


ARTISTAS DO FLOR DO CAMPO GRAVAM CD EM PARINTINS

Sandro Menacho, o
Uirapuru da Amazônia
Uma equipe de artistas e membros da Diretoria do Boi-Bumbá Flor do Campo embarcou, nesta última segunda-feira, 21, para cidade de Parintins, a Meca dos bumbás pós-modernos, com a finalidade de gravar CD contendo as todas inéditas que serão executadas durante a realização do Festival Folclórico da Pérola do Mamoré deste ano.

A trupe é composta por Sandro Menacho, o levantador de todas do Flor do Campo, também conhecido no metiê cultural como o Uirapuru da Amazônia; Márcio Menacho, tecladista da Banda Flor do Campo, Dayna Souza, artesã, Estelina Cunegundes, Diretoria Executiva do grêmio cultural.

Márcio Menacho, Tecladista
A equipe permanece na cidade de Parintins até o dia 05 de junho, fechando os últimos contratos com artistas locais, a serem contratados para trabalharem na confecção de fantasias, alegorias, adereços e criação coreográfica do boi-bumbá da comunidade do Tamandaré.

ACADÊMICOS DO TUCURUVI SERÁ RONDÔNIA NO CARNAVAL DE SP EM 2013

A escola de samba Acadêmicos do Tucuruvi, sexta colocada no Carnaval de 2012 já tem tema para o próximo Carnaval.

Com desenvolvimento do carnavalesco Wagner Santos, a agremiação da Cantareira buscará o seu primeiro título do grupo especial com mais um tema que irá destacar a história, curiosidades e riquezas de uma região.

Desde 2009 a entidade comandada por Hussein Abdo El Selam, o Sr.Jamil, aposta neste formato de enredos. Continente, cidades e estados foram temáticas dos últimos Carnavais da agremiação que conquistou o vice-campeonato em 2011 ao prestar homenagem a região nordeste do Brasil.

Com o título "Das Trevas a Luz, o Renascimento da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. Rondônia, a Nova Locomotiva do Brasil", tema irá retratar a história da energia do norte do país.

A ferrovia do Madeira Mamoré, a imigração, marcos históricos, bioma do Pantanal e cultura do estado de Rondônia ganharão formas, cores e samba-enredo na apresentação da Tucuruvi no sambódromo do Anhembi.

A diversidade cultural de Rondônia, terceiro estado mais populoso e o mais denso da região Norte, sendo o vigésimo terceiro mais populoso do Brasil, é facilmente percebida através de seu calendário de festas, em que destaca-se o bloco carnavalesco Banda do Vai Quem Quer, fundada no ano de 1981 por Manoel Mendoça, o Manelão, e que reúne mais de cem mil pessoas nas ruas da capital durante os festejos de Carnaval.

Outra festa de grande importância que poderá compor o enredo é o Arraial Flor do Maracujá, realizado a mais de trinta anos na cidade de Porto Velho durante as festas juninas e que representa a força da cultura nordestina na Capital do Estado, sendo também o segundo maior arraial do Brasil.

Não será a primeira vez que o estado de Rondônia recerá menção honrosa no Carnaval. Em 1997, a Acadêmicos do Grande Rio levou para a Sapucaí o tema "Madeira-Mamoré, a Volta dos que não Foram lá no Guaporé". Com assinatura do carnavalesco Alexandre Louzada, a tricolor de Caxias ficou na décima colocação na classificação final.

O anúncio do enredo da Tucuruvi foi feito via internet através da página oficial da escola no site de relacionamentos facebook. Será o quarto trabalho consecutivo desenvolvido por Wagner Santos.

Breve a diretoria da agremiação que tem como símbolo o "gafanhoto" deverá informar mais detalhes sobre a abordagem do enredo e próximas etapas dos trabalhos de preparação do desfile.

Além de divulgar o título oficial do enredo, a Acadêmicos do Tucuruvi divulgou um link com um vídeo alusivo ao tema.

Fonte: Jornal eletrônico http://www.rondoniaovivo.com.br, de 21/05/2012

terça-feira, 22 de maio de 2012




A FORÇA VERMELHA E O ÚLTIMO FEITIÇO DO PAJÉ AGOURENTO 

Ana Paula Lima, a grande Sinhazinha da Fazenda,
Diva do Flor do Campo 

A apresentação cultural da Nação Vermelha e Branca, ocorrida durante a realização do II Feijão e Toada, no último sábado, dia 19, além de magistral, foi também um grandioso termômetro folclórico, através do qual podemos mensurar as dimensões da grandiosa batalha estética que será o Duelo na Fronteira, marcada para acontecer nos dias 10, 11 e 12 de agosto de 2012, no bumbódromo da Pérola do Mamoré.

Um grande público – irmanando as duas nações de bois-bumbás - se fez presente ao II Feijão e Toado que, claramente sorvido por profunda emoção, reagia entusiasticamente, aplaudindo as performances artísticas de cada personagem e aos espetáculos coreográficos do corpo de dança e tribos que se sucediam na arena cênica.

Na programação cultura constavam as despedidas das brincantes Ana Paula Lima, interprete do papel de Sinhazinha da Fazenda; Rayla Motta, de Porta-Estandarte, e Juliane Castro, do papel de Rainho do Folclore.

Foi neste momento que um tsunami de pura emoção invadiu o evento, inundando todos os corações presentes. Cada brincante que ocupava o centro do palco e se despedia do público e da personagem que vinha interpretado nos últimos anos, era ovacionado demoradamente e, juntos, artista e publico, choravam.

O ápice da emoção se deu quando Ana Paula Lima, no papel de Sinhazinha da Fazenda, entrou em cena. Como uma grande Diva protagonista dos mais extraordinários espetáculos de ópera, Paulinha entrou em cena arrebatando a atenção de todos. Interpretou como jamais havia feito antes.

A talentosa Paula Lima evoluiu como uma exímia bailarina clássica, pomposamente ostentando linda indumentária branca. Flutuava como pluma. Bailava como se fosse uma canoa singrando nossos rios. Evoluiu em cena como se fosse uma alva garça voando sobre mansas aguas. Chorou, cantou e interpretou como só as grandes Divas são capazes de fazer.

Porém, nem toda programação cultural saiu como planejada. A grande surpresa desagradável veio das mãos mágicas do talentoso artista Regis Lopes, há quatro anosno papel de Pajé do Boi-Bumbá Flor do Campo.

Nem os mais imaginativos roteiristas de Hollywood, ou de Parintins, pensariam neste final mórbido, protagonizado pelo Pajé Regis Lopes.

Nos momentos finais da agenda cultural do II Feijão e Toada, Regis Lopes pediu o microfone do apresentador do evento, Ricardinho Tô na Night, fez alguns agradecimentos, encerrando sua fala com a seguinte frase: “esta é minha última apresentação no boi. A Diretoria que procure outro Pajé para se apresentar no festival deste ano”.

Regis Lopes, no papel de um Pajé agourento 
A notícia caiu como um grande e último feitiço do Pajé Regis Lopes. Um silêncio sepulcral pairou sobre o grande público. Ninguém acreditava no que havia ouvido. Um clima de trevas se abateu sob o recinto.

Mão havia duvidas para Diretoria, para os admiradores e brincantes do Boi-Bumbá do Tamandaré: era bruxaria das fortes. Feitiço jogado para se perder título. Congelou a todos.

A Presidente do Bumbá Vermelho e Branco procurava entender o que estava se passando no centro do palco, lembrando que na noite anterior, por volta da meia noite - um pouco antes de soarem as doze badaladas noturnas (hora propícia para feitiçaria) – Regis Lopes havia fechado, verbalmente, acordo com a Diretoria do Bumbá.

Aos pouco, membros da Diretoria, convidados, brincantes e artistas foram recuperando o clima e a alegria, ocupando o espaço cênico para realização do grande ritual tribal.

Os ritmistas “Filhos do Fogo”, bravíssimos guerreiros vermelhos foram intimados naquele momento crucial, para ribombaram ao máximo a orquestra de couro do Flor do Campo, que troou por todo salão, embalando convidados e brincantes, elevando o clima da grande festa. Foi assim que se dissipou todo mau agouro jogado pelo Pajé. E assim o bem venceu as traves!

sexta-feira, 18 de maio de 2012

FLOR DO CAMPO REALIZA O II FEIJÃO E TOADA



Associação Folclórica e Cultural do Boi-Bumbá Flor do Campo realiza neste sábado, dia 19, a partir do meio dia, na sede do Rotary Club de Guajará-Mirim, Av. Dr. Lewerger, nº 2386, bairro Serraria, o II Feijão e Toada, ao preço de quinze reais o ingresso individual.

A Presidente do Boi-Bumbá Flor do Campo, Ivete Manussakis, trabalha para que o II Feijão e Toada repita o estrondoso sucesso que foi o primeiro evento, realizado em 2011, largamente elogiado pelos convidados, inclusive, bem comentado pela Diretoria e brincantes do grêmio cultural contrário.

Equipes de artes e administrativas do bumbá trabalham em favor da realização de um grande acontecimento. Elaborando as fantasias e adereços, a Associação Boi Flor do Campo contratou as equipes comandadas por Rosilene Borges; Paulo Menda e Rafael Silva; Rose e Solane; e Ednart Gomes e Dayna Souza.

Na coreografia, Breno Costa Tavares, artista de Parintins contratado pelo bumbá do bairro Tamandaré, e seus auxiliares, Rafaela Rodrigues de Lima e Nadson Ramos Souza garantem que o público presente irá se surpreender com o grande espetáculo coreográfico a ser exibido.

Fredson Martins, o Pik, Mestre da Batucada da Nação Vermelha e Branca, o comandante mor dos ritmistas conhecidos como Filhos do Fogo, promete fazer estremecer o coração de todos os presentes, com a evolução caprichada de sua orquestra de percussão.
O interprete Sandro Menacho, sempre anunciado em grandes eventos como o Uirapuru da Amazônia, e a Banda Flor do Campo completam a trupe de artistas que irá ilustrar culturalmente a feijoada do Boi-Bumbá Flor do Campo.

O evento cultural da Nação Vermelha e Branca tem a finalidade de arrecadar recursos para cobrir despesas iniciais oriundas dos ensaios das tribos e os trabalhos preliminares de barracão, assim como, criar um clima de entusiasmo entre a Diretoria, artistas, brincantes e a comunidade da Pérola do Mamoré, com vistas ao Festival Duelo na Fronteira.

Fonte:
Associação Folclórica e Cultural do Boi-Bumbá Flor do Campo
Marketing e Comunicação – Contato: 9229-8117 e 8404-4152

quarta-feira, 16 de maio de 2012


VOCÊ USARIA ESSA ROUPA NAS OLIMPÍADAS?

Personagem Borat, de Sacha Baron Cohen 
O atirador olímpico australiano Russell Mark, de 48 anos, terá de pagar uma prenda não muito agradável na cerimônia de abertura da Olimpíada de Londres. Após perder uma aposta em um jogo de futebol australiano, o duas vezes medalhista olímpico (ouro em Atlanta-1996 e prata em Sidney-2000) precisará vestir o 'mankini' usado pelo personagem Borat, de Sacha Baron Cohen.

Após perder a aposta em uma discussão sobre as regras do futebol australiano (uma espécie de rúgbi com jogadas mais bruscas), o atirador teria de entrar usando a famosa roupa de banho de Borat. E em uma entrevista para uma rádio local, Mark afirmou: "De qualquer forma, há muita gente que poderia pensar que um mankini ficaria melhor que o uniforme que realmente escolheram para nós. Não sei se é uma ideia ruim". 

Russell Mark
O porta voz do Comitê Olímpico Australiano, Mike Tancred considerou que a roupa não seria muito adequada para Russell Mark entre no estádio olímpico londrino. Com um tom relaxado e um sorriso sarcástico no rosto, Tancred afirmou: "O problema é a idade, Russell não é um menino, há tempos deixou de ter corpo de modelo. Além disso, será sua sexta participação nos Jogos e ele pode ser designado como porta-bandeira. Imagine o porta-bandeira, à frente de nossa delegação, com um mankini", ressaltou.

segunda-feira, 14 de maio de 2012







FEIJOADA DO FLOR DO CAMPO
Rafaela Rodrigues e Breno Costa
A Diretoria do Boi-Bumbá Flor do Campo estará realizando neste próximo final de semana, dia 19 de março, a partir do meio dia, na sede o Rotary Club de Guajará-Mirim, na Av. Dr. Lewerger, nº 2386, bairro Serraria, o II Feijão e Toada, ao preço de quinze reais o ingresso individual.

Para repetir o grande sucesso do primeiro evento, a Presidente do bumbá, Senhora Ivete Manussakis tem buscado patrocínio entre os empresários da cidade, amantes da brincadeira de boi-bumbá, mobilizado sua Diretoria Executiva e os artistas do Flor do Campo, para que o II Feijão e Toada seja um grande espetáculo de arte e uma saborosa e farta feijoada.


Breno Costa Tavares, Artista de Parintins contratado pelo Flor do Campo, e seus auxiliares, Rafaela Rodrigues de Lima e Nadson Ramos Souza, assinam toda criação artística das apresentações de danças que fazem parte da programação cultural do evento.

Nadson Ramos Souza e Breno Costa ensaiando equipe de
de Dança do Flor do Campo 
Segundo o Artista Breno Costa, quem for se esbaldar no II Feijão e Toada, poderá apreciar uma pequena mostra do seu trabalho coreográfico, que só será apresentado na integra durante a realização do Festival Folclórico deste ano.

Com os recursos arrecadados no evento, a Presidente Ivete Manussakis pretende iniciar os trabalhos de barracão deste ano e, assim, criar um bom clima de entusiasmo entre a Diretoria, artistas, brincantes e a comunidade da Pérola do Mamoré.

Corpo de dança do Boi-Bumbá Flor do Campo 




domingo, 13 de maio de 2012




MAIS PANO PRA MANGA


A publicação dos artigos intitulados “EFMM, MALHADINHO, FLOR DO CAMPO E DESELEGÂNCIA” e “GUAJARÁ, A CASA ROSADA, O BOI E EU” ainda rendem bate-boca nas ruas da Pérola do Mamoré. 

Não que eu tenha me envolvido em discussão com algum descontente com o teor dos textos publicados. Nada disto.

O grande argumento que vinha sendo utilizado por alguns, com o objetivo de desqualificar o teor do meu primeiro texto, era a tesa do forasteiro. Afirmavam que não sou daqui e não falava com conhecimento de causa.

Foi aí que eu publique o segundo texto: “GUAJARÁ, A CASA ROSADA, O BOI E EU”, que versa sobre o lugar onde nasci, a minha infância até aos 12 anos de idade, correndo pelas ruas do bairro Tamandaré, em Guajará-Mirim, dentre outras informações veiculadas.

Os dois textos criaram seguidores, do lado de cá – os que concordaram com os escritos -, e a ala dos contra, defensora da tese do forasteiro.

Uma determinada pessoa da turma contrária, que não se conforma e não acredita nas minhas origens, encontrou uma leitora do meu blog. Não deu outra: foi o bate-boca em plena via pública. Resumo da ópera: a leitora deletou o cidadão inconformado de sua lista de amigos das redes sociais.

Pela tese dos contrários, então podemos concluir (equivocadamente) que só podem defender a preservação da floresta Amazônica quem nascer nesta região do mundo.

Pergunta-se, pois: Alguém que mora em outra região brasileira, em outro país, noutro continente ou que nasceu no Deserto do Saara não poderá fazer a defesa da floresta? Seu argumento será desqualificado pelo simples fato de não ter nascido na Região Amazônica? 

Quem não nasceu em Guajará-Mirim não poderá nunca discorre sobre o Festival Duelo da Fronteira, analisar a estética do folclore local e de nossos artistas? Durma-se com um barulho deste!


sexta-feira, 11 de maio de 2012

FRENTE NEGRA BRASILEIRA COMPLETA 80 ANOS

Há exatos 80 anos, era criada a Frente Negra Brasileira, uma das primeiras organizações no século XX a exigir igualdade de direitos e participação dos negros na sociedade do País. Sob a liderança de Arlindo Veiga dos Santos, a organização desenvolvia diversas atividades de caráter político, cultural e educacional para os seus associados. Realizava palestras, seminários, cursos de alfabetização, oficinas de costura e promovia festivais de musica.

Criada em 16 de setembro de 1931 na cidade de São Paulo, a Frente ganhou adeptos em todo o Brasil, inclusive o jovem Abdias Nascimento. Seguindo o propósito de discutir o racismo, promover melhores condições de vida e a união política e social da “gente negra nacional”, a entidade teve filiais em diversas cidades paulistas e nos estados da Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Espírito Santo e Rio Grande do Sul. Estima-se que a Frente Negra Brasileira tenha chegado a aproximadamente cem mil membros em todo o País.

Em sua sede na rua da Liberdade, funcionava o jornal O Menelik, órgão oficial e principal porta-voz da entidade, sucedido pelo O Clarim d’Alvorada, sob a direção de José Correia Leite e Jayme de Aguiar. A Frente Negra ressaltava a importância de o negro superar a condição de cabo eleitoral, incentivando o lançamento de candidaturas políticas negras. A entidade chegou a se organizar como partido político.

Estrutura – A Frente possuía uma complexa estrutura, sendo dirigida por um grande Conselho, constituído de 20 membros, selecionando-se, entre eles, o chefe e o secretário. Havia, ainda, um Conselho Auxiliar, formado pelos Cabos Distritais da Capital. Criou-se, ainda, uma milícia frente-negrina, uma organização paramilitar. Os seus componentes usavam camisas brancas e recebiam rígido tratamento, como se fossem soldados.

Segundo um dos seus fundadores, Francisco Lucrécio, a Frente Negra foi fundada por ele e outros companheiros embaixo de um poste de iluminação. Ainda segundo Lucrécio, no início, muitos não compreendiam os objetivos do grupo. Diziam que eles estavam fazendo “racismo ao contrário”. No entanto, com o tempo, os membros da Frente Negra foram adquirindo a confiança não apenas da comunidade, mas de toda a sociedade paulista. As próprias autoridades a respeitavam.

Os seus membros possuíam uma carteira de identidade expedida pela entidade, com retratos de frente e de perfil. Quando as autoridades policiais encontravam um negro com esse documento, respeitavam-no porque sabiam que na Frente Negra só entravam pessoas de bem.

Em 1937, o Estado Novo de Getúlio Vargas fechou os partidos e as associações políticas, aplicando um duro golpe na Frente Negra, que foi obrigada a encerrar suas atividades.

Fonte: IPEAFRO e Portal da Cultura Negra

quarta-feira, 9 de maio de 2012


GUAJARÁ, A CASA ROSADA, O BOI E EU

Casa Rosada - aqui morei até o ano de 1975
No dia 03 de maio, postei em meu blog um texto intitulado “EFMM, MALHADINHO, FLOR DO CAMPO E DESELEGÂNCIA”, versando sobre o evento que celebrou aqui em Guajará-Mirim, o Centenário da lendária Madeira-Mamoré.

O texto provocou um tsunami de comentários revoltosos nas redes sociais. O descontentamento foi forte para uma ala da Nação Azul e branca, que me acusou de forasteiro, desconhecedor da causa que abordava e, em tom de ameaça, alegava que meu telhado é de vidro.

No tocante à acusação de forasteiro, apresento a todos a Casa Rosada, localizada na Avenida 13 de Setembro, 644, Bairro Tamandaré. Neste endereço morei até o ano de 1975. Antes da Casa Rosada,  morei em um domicílio construída pelo meu pai (que até hoje existe), localizado na Rua Pedro Eleotério (antiga 12 de Julho), próximo ao Centro de Saúde Carlos Chagas, também no Bairro Tamandaré.

Lamento decepcionar aos que me acusam de forasteiro. Nasci na antiga maternidade pública de Guajará-Mirim, no ano de 1963. Sou caboclo beradeiro – legítimo - das barrancas do Rio Mamoré e, até meus 12 anos de idade, estudei na Escola Estadual Almirante Tamandaré.

Casa construída pelo meu pai, onde também morei.
Participei, até o ano de 1975, da farra da matança do boi-bumbá de D. Gregória, que acontecia em um determinado dia do período junino. O boi-bumbá corria pelas ruas do bairro – “azulado” -, perseguido por uma legião de moleques. Era o ritual da matança. Participar dessa algazarra, para mim, era uma das melhores coisas da vida.

Para finalizar, ainda tratando das manifestações sobre o texto escrito e publicado, devo informar que recebi vários cumprimentos e parabéns, vindos de diversos setores do segmento cultural, inclusive de uma ala do respeitado e elegantíssimo Boi-Bumbá Malhadinho, endossando o teor do texto divulgado.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Prefiro não identificar o sujeito


“POSTE” DANCE É TUDO!

Na tarde do último domingo, 6 de maio, recebi alguns convidados na residência do gentil casal Edinart e Dayna, que disponibilizaram sua residência para, juntos com os amigos, festejarmos meu aniversário.

Depois de umas e outras, a galera já embalada pelo etanoico no sangue, resolveu apresentar seus dotes artísticos ao público presente. Mas foram muito além.

Alguns dos que estavam ali presentes compõem a equipe de dançarinos do Boi-Bumbá Flor do Campo.

Ousaram a tal ponto que, naquele momento de pura magia etílica, criaram o “Poste Dance”, a partir da reelaboração da fenomenal e erótica dança Pole Dance.

Prefiro não identificar o sujeito
A pole dance - também conhecida como a dança do cano, a dança da barra, a dança do varão, dentre outras denominações e variações pouco conhecidas - é uma forma de dança sensual que teve origem na Inglatera nos anos 1980, onde a dançarina (ou dançarino) utiliza como instrumento para sua expressão plástica, além do movimento corporal, uma barra vertical, na qual realiza sua performance plástica.

Para quem pensa que estou inventando, tenho algumas fotografias instantâneas, prova material da extraordinária criação artística de nossos artífices.

Parte desse material fotográfico já deletei. O mundo de hoje não está preparado para compreender tão imensurável objeto artístico. Outras não serão publicas, pelas mesmas razões, além do que, muito provavelmente perderia alguns amigos.

 
Prefiro não identificar o sujeito

sábado, 5 de maio de 2012


TÔ FELIZ DA VIDA...

Por uma razão muito simples: neste domingo, 06 de maio, completarei mais uma aniversário. Vou reunir alguns amigos e parceiros, a partir das 16 horas, na residência dos companheiros Ednart e Dayna.

A Diretoria do Flor do Campo encabeça a lista de convidados. Os amigos da nação vermelha e branca vêm logo em seguida e, também na seqüência, os amigos da coloração azul e branca.

Mais tarde, esticarei até o Pagode do Estação Bar, para bebericar mais um pouco. Lá pela meia noite, fecho com chave de ouro no Bar Castelinho.

Segundo minha amiga Simone Mestre, que me ligou hoje, sábado, para me parabenizar, lembrou que de amanhã em diante já poderei entrar em qualquer casa noturna, por está acima dos 18 anos, portando - inclusive - cédula de identidade, para provar a todos minha maior idade, em especial aos céticos, que pensam que sou menor.

quinta-feira, 3 de maio de 2012




EFMM, MALHADINHO, FLOR DO CAMPO E DESELEGÂNCIA 


Da esquerda para direita: Dayan Saldanha, Diego Orsini,
Basílio Leandro e Francisco Leilson Chichão
Na última segunda-feira, dia 30 de abril, véspera do feriado de 1º de maio, aconteceu na cidade de Guajará-Mirim, a festa que celebrou o centenário da conclusão da obra da monumental e lendária Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, ocorrido no dia 30 de abril de 1912. 

A solenidade alusiva aos cem anos de assentamento do último dormente da EFMM foi organizada pelo Governo de Rondônia, com o apoio da Prefeitura Municipal da Pérola do Mamoré. 

Participaram da solenidade o Secretário da SECEL, Francisco Leilson Chicão que, em sua fala, dedicou o evento à memória do Ex-Presidente do Boi-Bumbá Flor do Campo, Dr. Luiz Menezes; o atual e o Ex-Secretário de Cultura e Turismo de Guajará-Mirim Diego Orsini e Dayan Saldanha, respectivamente, e o Superintendente de Turismo do Governo de Rondônia, Basílio Leandro. 

Daiana Azzi, Porta-Estandarte do
Flor do Campo
Artistas regionais consagrados como Silvio José, Silvio Santos, Grupo Manôa, o artista plástico Bototo, Caribé e banda (comandada por Tino Alves), realizaram grandes apresentações que encantou o público presente. 

Porém, o ápice da festa foi mesmo as apresentações dos Bois-Bumbás Flor do Campo e Malhadinho, patrimônios culturais imateriais de Guajará-Mirim. Para suas apresentações, as duas agremiações levaram grande trupe de artistas, reunindo itens, batuqueiros, dançarinos, cantores e bandas. 

Na Praça do Museu, onde aconteceu o evento comemorativo, foi também montada a Feira do Artesanato, com várias barracas, reunindo e comercializando o que há de melhor do artesanato local. 

Raissa, Porta-Estandarte do Malhadinho
Nos bastidores, a única critica vinda de setores das duas agremiações, recaiu sobre a atitude grosseira do Levantador de Toadas do Malhadinho, que - a exemplo da mesma deselegância com a qual havia recebido representantes da agremiação Vermelha e Branca que prestigiaram a feijoada realizada pelo Grupo do Léo, dia 28 de abril, onde também citado artista se apresentou – resolveu prestar homenagem ao Flor do Campo e, de forma muito deselegantemente, cantou a toada chacota do cocoricó. 

O desairoso Levantador de Toadas da Nação Azul e Branca não observou que aquele momento impar, na Praça do Museu, era de união das nações, em favor da Madeira-Mamoré, nosso imensurável patrimônio cultual material. Não cabia tresloucado desafio.


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