segunda-feira, 29 de junho de 2015

UM PRESENTE VERMELHO



Suvenir do Boi Garantido: presente da Sol
O presente é uma experiência dadivosa, um momento dos mais agradáveis que podemos experimentar em nossas vidas. São coisas ou gestos ofertados para outra pessoa, crivados de sentimentos e valores simbólicos, como sinal de apreço especial. O presente é, pois, uma marcante recordação de alguém que nos tem em boa conta.

Os regalos são dados em datas ou momentos especiais: natal, aniversário, dia dos pais, das mães, das crianças, dos namorados, etc. Em datas certas ou fora de hora, tem quem ame dar e os que adoram receber.

Nos dias 26, 27 e 28 aconteceu na arena do bumbódromo da Ilha Tupinabarama, O 50ª Festival Folclórico de Parintins, AM, realizado anualmente sempre no último fim de semana de junho. É um grandioso evento de cultura popular, que reúne em grande vitrine cabocla, o talento singular do artista amazônico. Um frondoso e valioso presente à memória e a história dos povos da floresta.

O perolense - que assim como o parintinense, também é um apaixonado pela cultura dos bumbás -, passou o final de semana sintonizado com o que acontecia na arena do bumbódromo de Parintins, ligado em todos os lances, vibrando com cada evolução de alegorias, de adereços e de itens que se apresentavam no 50º Festival da Ilha de Tupinabarama.

Um grupo de brincantes dos bois daqui e admiradores dos bumbás de lá, acompanhou o certame folclórico de Parintins reunidos na residência de Rosa Solani, no bairro Tamandaré. Muita alegria, vibrante torcida e comentários exacerbados, elogiando o boi da paixão ou criticando, sem piedade, o contrário. Animada festa regada a cerveja e vodka. À medida que subia o ter etílico, os comentários e torcidas esquentavam.

Manto sagrado do Garantido
E, em um dado momento, Rosa Solani – a Sol – resolveu me presentear com uma mine alegoria do Garantido, que ela trouxe de Parintins, quando foi acompanhar a edição de 2014 do festival. O regalo circulava pelo ambiente, pulando de mão em mão. E a cada novo colo acolhedor, o bumbazinho recebia um apaixonado beijo. O mini bumbá vermelho já estava todo babado, de tanto ser beijado por tantos beijoqueiros de bumbá. O boizinho estava mais pra santo milagreiro em ladainha de biatas lambi santo a, propriamente, suvenir de bumbá. O fato é que, em um dado momento, o boizinho veio parar em meu colo e, ao recebê-lo, não pensei duas vezes: tasquei-lhe a beijoca. Foi neste momento que aconteceu o inesperado: a Sol, dona do suvenir, resolveu me presentear com ‘boi-bumbazinho’. De posse do bichinho, passei a administrar o regalo, não permitindo mais beijo babado, melado, exagerado ou com ‘bafo de onça’. Proibi.

Não me perguntem qual era o estado etílico da minha amiga, pois só sei que saí de lá com o boizinho preso no sovaco, direto pra minha casa, onde o mesmo passou a residir. Não pretendo voltar na residência da minha amiga Sol tão cedo, especialmente se ela estiver sóbria, vai que ela queira seu boizinho de volta?! Nunca!

Este foi um espetacular presente, dado e recebido em momento muito especial. Só não foi melhor por conta do resultado final do Festival de Parintins, edição 2015, que sagrou Caprichoso campeão ‘inquestionável’ do festival. Pra mim, este resultado é sim, um legítimo presente de grego.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

REFORMA DO BUMBÓDROMO: UM TRABALHO DE COOPERAÇÃO PARA O FESTIVAL DE GUAJARÁ



Secretária Executiva Genilda Flores e o Prof. Dr. Dorosnil Alves
Hoje, a Coluna Notícias dos Bois de Guajará conversa com Dorosnil Alves Moreira, professor doutor do quadro da Universidade de Federal de Rondônia, campus de Guajará-Mirim, graduado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1981), com mestrado em Educação: Ciências Sociais: História, Política, Sociedade pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2001) e doutorado em Educação (Currículo). Dorosnil foi o grande articular político para criação do Campus da UNIR da Pérola do Mamoré e diretor do mesmo. Tem experiência na área de Educação, Políticas Públicas com ênfase em Administração de Unidades Educativas, atuando principalmente nos seguintes temas: educação, linguagem, gestão, universidade, poder local, movimento social, cultura e formação de liderança para desenvolvimento local.

Bumbódromo de Guajará-Mirim, em reforma
Nesta entrevista, o Prof. Dr. Dorosnil Alves Moreira irá falar sobre sua colaboração ao Governo de Rondônia, por meio da parceria estabelecida entre o Projeto de Extensão Gestão Social do Departamento de Gestão Ambiental da UNIR, e a Secretaria Executiva de Planejamento, Orçamento e Gestão em Guajará-Mirim, que hoje coordena a reforma que está sendo realizada na arena de apresentações de espetáculos populares do município, conhecida popularmente por Bumbódromo. A seguir, a entrevista:

Ariel Argobe – Em que consiste o trabalho que está sendo realizado no bumbódromo de Guajará-Mirim?

Prof. Dr. Dorosnil – Trata-se de uma reforma, com base em princípios de mutirão, mesmo porque, se o Governador quisesse repassar qualquer quantidade em dinheiro, neste momento, este dinheiro não chegaria nem num boi, nem no outro, e nem na prefeitura, por conta de impedimento legal. De qualquer maneira, está havendo uma reforma, a partir da articulação de umgrande mutirão. Por exemplo, o empresário Antônio Bento acabou de doar qualquer quantidade de piçarra, além da disponibilização de caminhões e equipamentos para fazer a frente do bumbódromo: aterrar e compactar. A empresa Di Casa também esta colaborando, além de outros empresários.

Bumbódromo de Guajará-Mirim, remoção de alegorias
Ariel Argobe – O trabalho que está sendo realizado no bumbódromo atende as exigências do Corpo de Bombeiros Militar?

Prof. Dr. Dorosnil – Atende. Todos os obstáculos apontados pelos Bombeiros já foram superados. O SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas), por exemplo, já foi resolvido.

Ariel Argobe – Este trabalho de reforma ora em curso permitirá a realização, no bumbódromo, do Festival Folclórico de Guajará-Mirim?

Prof. Dr. Dorosnil – No que depender do Governo do Estado e da Secretaria Executiva de Planejamento, Orçamento e Gestão em Guajará-Mirim, o festival acontecerá no bumbódromo. Um dos grandes problemas está na dificuldade de participação interna de cada boi. Por exemplo, foi dado um prazo para que cada boi retirasse do espaço interno do bumbódromo, as estruturas alegóricas e toda ferragem lá guardadas; e eles estão, até agora, com dificuldades de remoção deste material.

Ariel Argobe – E onde as agremiações irão guardar aquelas estruturas, que são de grandes proporções?


Reforma do Bumbódromo de Guajará
Prof. Dr. Dorosnil – O prefeito cedeu parte do espaço do pátio da Secretária de Obras. Estas estruturas vão ficar lá, por enquanto.

Ariel Argobe – E as agremiações vão poder elaborar suas alegorias e adereços no pátio da SEMOSP?

Prof. Dr. Dorosnil – Nós negociamos para a prefeitura guardar no pátio da Secretaria Municipal de Obras, as estruturas de ferro hoje estacionadas no bumbódromo. Para se construir alegorias no terreno da SEMOSP, isto implicará em uma nova negociação entre os bois e a prefeitura. O que nós precisamos é movimentar aquelas estruturas de ferro, porque nós estamos limpando tudo. Vamos também tirar os barracões de madeiras, que estão podres, e limpar todo o terreno.

Ariel Argobe – O Professor Dorosnil é do quadro da Fundação Universidade Federal de Rondônia, Campus de Guajará-Mirim. Como é que o senhor se inseriu neste trabalho?

Prof. Dr. Dorosnil – Por meio de um projeto de extensão. Eu e os professores Renato e Casara, do Departamento de Gestão Ambiental, fizemos este projeto que se chama Gestão Social, que está baseado no tripé gestão, gerenciamento e governabilidade de projetos. Nós entramos com toda parte de orientação e teorias de como fazer, dando palestras. Por exemplo, através deste projeto já foram realizadas duas palestras: Gestão Social e Governamental (proferida pelo Chefe da Casa Civil), e Eficiência Energética, (proferida por Luiz Carlos Bruno de Oliveira, o 'Mineiro').

Ariel Argobe – Então esta equipe tem, além da colaboração de empresários da cidade, também a contribuição de pessoas da equipe do Governador?

Prof. Dr. Dorosnil – Quando defendemos o nome de Genilda Flores para Secretária Executiva de Planejamento, Orçamento e Gestão em Guajará-Mirim, uma das primeiras coisas que fizemos foi nos informarmos sobre as responsabilidades do Governo do Estado aqui em Guajará. Nós descobrimos que o bumbódromo é um patrimônio estadual, que estava abandonado, largado. A primeira providência foi chamar o pessoal do governo aqui, pra acionar os responsáveis. afinal de contas, de quem é a responsabilidade de gerenciamento do bumbódromo? Quem está envolvido com isto? Descobrimos que a Superintendência Estadual dos Esportes, da Cultura e do Lazer (SECEL), e a Superintendência Estadual de Turismo (SETUR), tem uma parcela de colaboração na gestão do bumbódromo; e que a Superintendência de Gestão de Suprimentos, Logística e Gastos Públicos Essenciais (SUGESPE), também tem. Então o Governador determinou que uma dessas pessoas - que é o ‘Mineiro’ (Luiz Carlos Bruno de Oliveira) – se deslocasse até aqui, pra relatar o que estava acontecendo. E, a partir do ‘Mineiro’, se começou a articular as pessoas do próprio governo, pra fazer o que tem que se fazer. Então veio tinta do governo (de alguma secretaria); equipamentos (lá da outra secretaria). E assim, o Governador começou a ser articulado, dentro do âmbito do próprio governo, para providenciar as coisas e, desta maneira, se fazer a reforma necessária, a partir de uma grande cooperação entre diversos entre diversos órgãos públicos.

Reforma do bumbódromo de Guajará-Mirim
Ariel Argobe – Depois da reforma do bumbódromo e da realização do Festival Folclórico de Guajará-Mirim, o que vai acontecer com este espaço? Ele vai ficar abandonado novamente, ou existe alguma outra proposta para uso?

Prof. Dr. Dorosnil – Já temos uma proposta de uso contínuo do bumbódromo. Na primeira reunião que realizamos na Câmara de Vereadores, com representantes dos bois e autoridades do governo, fizemos este questionamento. Então, de imediato, a Secretária Regional Genilda Flores, por ordem de serviço, determinou o Edmilson como Chefe Local daquele espaço. Também convidamos a Ana Casara – e estamos aguardando sua resposta - para ser a responsável pela organização da agenda cultural do bumbódromo. Assim, teremos duas pessoas na gerência do bumbódromo: uma responsável pela gestão física e a outra, organizando a gestão cultural. Se alguém quiser realizar um show, um arraial, uma atividade cívica ou qualquer outra atividade naquele espaço, esta pessoa irá negociar na Regional, com a responsável pela agenda cultural do bumbódromo. Até o governo decidir a destinação do espaço do bumbódromo, vamos administrá-lo desta maneira. Pode ser que no futuro, depois de concluídas todas as obras pendentes, a Prefeitura de Guajará queira o espaço para o município, ou os bois, ou a Associação Comercial, ou ainda uma empresa qualquer, então, o governo fará a concessão de uso, na forma da lei.

Ariel Argobe – Alguém já se mostrou interessado em gerenciar este espaço? Os bois estão interessados nesta discussão?

Prof. Dr. Dorosnil – Acho que nós temos que envolver mais gente dos bois. Está na hora de fazer um chamamento, para fazer uma discussão mais ampliada, com representantes de cada boi. Poderíamos já discutir uma proposta de organizar, de criar uma empresa, com ata de fundação; e esta empresa estaria responsável em apoiar e realizar qualquer atividade que esteja relacionada aos bois.
 
Ariel Argobe – Em sua opinião, as potencialidades turísticas de Guajará-Mirim, em todos os aspectos, já foram exploradas e exauridas ou este tema nunca entrou, efetivamente, na pauta do município, como mola propulsora de nossa economia?

Prof. Dr. Dorosnil – Não. Acho que ainda não caiu a ficha para os dirigentes da cidade, tanto deste, quanto nos demais governos municipais que já passaram pelo Palácio Pérola do Mamoré. Nem o setor público e nem os empresários tem a exata compreensão da potencialidade turística do município.

Prof. Dr. Dorosnil e equipe de trabalhadores
Ariel Argobe – Com respeito ao Festival Folclórico de Guajará-Mirim, tem alguma mensagem para população, para brincantes, para quem gosta e acredita no festival?

Prof. Dr. Dorosnil – Poderíamos pensar em uma alternativa permanente de agenda para os bois. Como é que eles estão organizados? Como funciona? Não sei. Eu pensei que fosse uma coisa mais contínua, porém, me parece que chega um momento em que eles fazem o evento e depois tudo se interrompe. Continuidade, esta é minha mensagem.

Ariel Argobe – Sendo mais específico, para juventude que brinca, participa e gosta de boi, qual a sua mensagem?

Prof. Dr. Dorosnil – Acho que a juventude é a única que faz a sua parte, realmente. Eles estão esperando. Como eles (os jovens) não foram convocados para outra coisa, eles estão imaginado que o papel deles é só dançar. Nós temos que dar um passo a mais. O papel da juventude não é só dançar. Além de dançar, podemos abrir um leque de formação pra essa juventude. Eles podem passar o ano tudo fazendo ginástica, academia de dança, aperfeiçoando os passos coreográficos, etc. E isto poderia acontecer no próprio bumbódromo. Isto vai depender das iniciativas, de quem está à frente da organização do evento e do gerenciamento do bumbódromo. Esperamos que isto, de fato, aconteça a partir de agora.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

ETAPA LOCAL DA CONFERÊNCIA INDIGENISTA ENCERRA COM PROTESTO



Aconteceu no Centro de Treinamento São José, nos dias 16, 17 e 18 do corrente, a etapa local da Primeira Conferência Nacional de Política Indigenista, reunindo a população indígena das aldeias localizadas nos municípios de Guajará-Mirim e Nova Mamoré. A etapa local é fase preparatória para participação nas conferências estadual e nacional de política indigenista, que acontecerão nos meses de agosto e novembro, respectivamente.

O eixo temático da conferência local repetiu o tema da nacional: “A relação do Estado brasileiro com os povos indígenas no Brasil sob o paradigma da Constituição de 1988”, e tem por objetivo avaliar a ação indigenista do país, reafirmar as garantias reconhecidas aos povos indígenas e propor diretrizes para a construção e a consolidação da política nacional indigenista.

Prefeito Dúlcio Mendes recebe lideranças indígenas
Em Guajará-Mirim, a etapa local da Primeira Conferência Nacional de Política Indigenista teve como diferencial e momento alto, no dia de hoje, 19, a realização de uma manifestação pública, em forma de caminha, com a participação de aproximadamente 500 índios.

A marcha indígena percorreu algumas ruas da cidade, parando estrategicamente em frente de alguns órgãos públicos e, nestes locais, na presença de autoridades, as lideranças do movimento realizaram fortes pronunciamentos, cobrando políticas e atitudes públicas em defesa dos povos indígenas.

A Prefeitura Municipal de Guajará-Mirim, a Câmara de Vereadores e Fórum Nélson Hungria foram as instituições públicas visitadas pelos manifestantes.

No Palácio Pérola do Mamoré, diante do Prefeito Dúlcio Mendes, aconteceu, tal vez, o momento mais tenso e constrangedor da manifestação (e não é exagero dizer também deselegante), quando, no pátio da prefeitura, líderes indígenas, inclusive algumas pintadas para ocasião, fizeram várias cobranças ao prefeito, referente aos seus compromissos de campanha para este segmento, ainda não realizados, conforme dito pelas lideranças. Irritados, os indígenas chamaram o prefeito de mentiroso, por várias vezes, e se retiraram do átrio do Palácio Pérola do Mamoré.

A caminhada seguiu, então, para Câmara Municipal de Guajará-Mirim e Fórum Nélson Hungria, onde se repetiram os discursos inflamados, exigindo das autoridades locais, mais e melhores políticas públicas para população indígena.

terça-feira, 16 de junho de 2015

O QUE TEM MONTE NEGRO QUE GUAJARÁ NÃO TEM?



Monte Negro, praça da Prefeitura
Na última sexta-feira, 12, me desloquei ao município de Ariquemes, conduzindo meus pais, Pastor Hugo Evaristo e Maria Edwirges, que foram participar de um congresso evangélico naquela cidade.  Viajamos pela Estrada Parque, que corta o Parque Estadual de Guajará-Mirim, área de reserva florestal. Uma viagem inesquecível, em razão da exuberante natureza do Parque.

Antes de seguirmos por trechos da Estrada Parques, percorremos a Linha 28, quando conhecemos alguns distritos pertencentes ao Município de Nova Mamoré, (Palmeiras, Nova Dimensão e Jacinópolis), além de distritos do Município de Buritis. São núcleos urbanos carentes de toda infraestrutura básica, porém, percebe-se claramente a pujança da agricultura e da pecuária naquelas localidades.

Conhecemos também o Município de Buritis que, em termos de infraestrutura urbana existente e conservação, em uma primeira olhada, é uma verdadeira lástima. Me fez lembrar muito de Guajará-Mirim.

Em seguido conhecemos Monte Negro. Fiquei muito impressionado com este município, que fica localizado na Mesorregião Leste Rondoniense, distante 250 km de Porto Velho, capital do Estado de Rondônia. É uma pequena e pacata cidade, com população estimada em pouco mais de14 mil habitantes (segundo informações IBGE, 2010).

Me  impactaram, positivamente, a limpeza das ruas, as calçadas dos passeios públicos, a conservação da praça onde esta sediada a prefeitura municipal e o jardim da mesma, esmerado; o parque da cidade, para práticas de atividades físicas e lazer. Tudo irretocável. Não me contive, fui circular de carro pela cidade, a fotografá-la.

Sede da Prefeitura de Monte Negro
A boa impressão que Monte Negro suscitou em mim, trouxe também, imediatamente, um sentimento de revolta e vergonha: foram incontroláveis as comparações que passei a estabelecer entre Guajará-Mirim, 86 anos de emancipação política, e Monte Negro 23 anos de criação. E me perguntava incessantemente: porque a prefeitura de Monte Negro consegue varrer suas ruas e calçadas, manter a cidade limpa e organizada e Guajará-Mirim, a cidade detentora do título de Pérola do Mamoré, nem de longe consegue realizar estes mínimos serviços?!

Parque da Cidade de Monte Negro
Quanto mais eu circulava pela urbe monte negrense, fotografando, mais eu ficava revoltado e envergonhado de minha cidade. Certamente o monte negrino tem carinho por sua cidade: acredito que não jogam o lixo doméstico - ou o pessoal - pelas ruas e praças; também não vi quiosquinhos construídos em praças e calçadas (pelo menos por onde andei); os canteiros centrais das vias públicas bem cuidados e conservados. Resumo da ópera: uma cidade com organização e limpeza.

Região central da cidade de Monte Negro
A vontade que eu tive foi de, naquele mesmo instante, voltar a Guajará-Mirim, arrastar algumas de nossas autoridades pelos cabelos até Monte Negro, e lá esfregar a cara destas ‘autoridadezinhas ordinárias’ naquele asfalto bem varrido e sem buraco, até esvair-se a última gota de sangue, pra aprender como é que se cuida de uma cidade.

Muito provavelmente Monte Negro tem - e Guajará-Mirim parece não ter - é uma população comprometida com a cidade e com as pessoas; tem comprometimento e projeto político para seu município e sua população. E, certamente, isto faça realmente a diferença.

PT DE GUAJARÁ-MIRIM PARTICIPA DE ENCONTRO POLÍTICO COM EVO MORALES

Profa. Lília Ferreira, Presidente PT/GM O Presidente da Direção Regional do Movimiento al Socialismo - Instrumento Político por la Soberanía...