quinta-feira, 9 de agosto de 2018

HOSPITAL REGIONAL: FALTA TUDO, MAS SOBRAM AMEAÇAS DE PROCESSOS NA JUSTIÇA CONTRA CIDADÃOS




Ariel Argobe e Lília Ferreira
Ontem, quarta-feira, 8, noticiei em minha rede social o acidente ocorrido com a professora Lílian Ferreira, vitima de atropelamento na Av. XV de Novembro, por volta das oito horas da manhã, quando a mesma se dirigia ao Fórum Nélson Hungria, para participar do corpo de jurados.

Graças a Deus, o infortúnio não foi tão grave, embora inspira muitos cuidados.

A Professora Lílian foi encaminhada a Porto Velho, ficando algumas horas no Hospital João Paulo II, onde fez novos exames, sendo constatada uma pequena fissura na bacia e em uma das vértebras da coluna.

Além do fato, tratei também das condições precaríssimas do Hospital Regional de Guajará-Mirim, que há décadas funciona em péssimas condições, com falta de medicamentos, equipamentos e, por vezes, até de profissionais da área da saúde. Em se tratando de antedimento mínimo ao público, o HR é uma lástima.

Constantemente as precárias condições do Hospital Regional de Guajará-Mirim, acumuladas por décadas, ocupam noticiários das rádios e jornais da cidade, sendo tema constante também no debate da população. Já se tornou prática constante, pacientes e familiares registrarem boletim de ocorrência policial contra a direção do hospital, em razão do péssimo atendimento ou pela ausência de profissionais plantonistas. Ou seja, o HR é um verdadeiro caso de polícia.

Hoje, quinta-feira, 9, por volta das onze horas da manhã recebi uma ligação – e aqui me dou o direito de preservar a fonte –, recomendando que ficasse atento, em situação de alerta e com o nome do advogado em mãos, para minha defesa, uma vez que a direção do Hospital Regional já havia acionado o jurídico do Palácio Pérola do Mamoré, para correr processo contra minha pessoa e o jornal que repercutiu o artigo publicado em minha rede social.

Não será por absoluta falta do que fazer no Hospital Regional, ou por considerar um verdadeiro impropério a notícia por mim veiculada - uma legítima 'fake news', pura pós verdade, na visão da direção do HR -, que aquela equipe de direção preferiu acionar o jurídico municipal, e não ao contrário, buscar qualificar o atendimento na saúde, para melhor servir a população que, inclusive, é o patrão.

Qual o morador de Guajará-Mirim - eleitor ou não do atual prefeito ou de todos aqueles que já passaram pelo mais alto cargo da municipalidade – que não tem críticas ao atendimento de padrão sempre insuficiente do Hospital Regional?

Senhores, já que é para amordaçar os descontes e a população usuária do serviço público em saúde, sugiro que comprem bastante lenções, não para cobrir os colchões ou agasalhar os pacientes, mas para amarrar a boca dos doentes e dos parentes acompanhantes, para, desta feita, evitar denúncias nem que seja na marra.

Contudo, quero dizer que me sinto na obrigação de colaborar para melhorias dos serviços públicos municipais, já que moro na Pérola do Mamoré, de forma que, para adiantar o processo e punir os culpados, envio à Direção do Hospital Regional, meus dados Pessoais, para instrução do devido processo a ser impetrado contra minha pessoa: Nome: Ariel Argobe da Costa Brasil; RG; 154.364-SSP/RO; CPF: 113.212.372.00; endereço: Av. Dr. Mendonça Lima, 787, Centro.

Fico no aguardo.


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