sábado, 27 de setembro de 2014

ZONA LESTE REALIZA A MARCHA DA DIVERSIDADE SEXUAL



Marcha Municipal Pela Diversidade Sexual - P.Velho
Acontece neste domingo, 28, a VII Marcha Municipal pela Diversidade Sexual, sob o lema “Por uma Cidade Livre da Violência”. A marcha, que este ano terá a participação especial de Xaxu França, ativista e militante LGBT do Rio de Janeiro, é organizada pelo Coletivo Porto Diversidade, entidade de responsabilidade social para promoção da cidadania de gays, lésbicas, travestis e transgêrenos.

Patrícia Meskitty, Miss Cidadania LGBT 2014
A concentração da Marcha pela Diversidade Sexual da Zona Leste será na Avenida José Amador dos Resis, esquina com Alexandre Guimarães, bairro Tancredo Neves, a partir das 15 horas e, segundo os organizadores, será o maior evento do gênero realizado este ano em Rondônia, uma vez que não acontecerá a Parada do Orgulho Gay de Porto Velho.

No último domingo, 21, o Porto diversidade realizou o IV Miss Cidadania LGBT, sendo a grande vencedora do concurso de beleza a candidata Patrícia Meskitty. Para o Presidente da ONG LGBT da zona leste de Porto Velho, Raymison Correia da Silva, o concurso possibilita sensibilizar a sociedade para o respeito ao comportamento estético e plástico diferenciado da população LGTB, estimulando ainda a convivência pacífica e a cultura de paz e fraterna entre heterossexuais e homossexuais.

Tanto a realização do miss LGBT, quanto a Marcha, ambos eventos tem a parceria de instituições públicas e de autoridades do estado e do município, em especial das unidades escolares localizadas na região leste da cidade, particularmente de alunos, professores, profissionais da educação e de lideranças comunitárias, além do empenho do segmento homossexual de toda Porto Velho.
 
Miss Cidadania LGBT 2014 - Zona Leste de Porto Velho


quarta-feira, 17 de setembro de 2014

RETA FINAL DA CAMPANHA DE FÁTIMA CLEIDE EM GUAJARÁ



A coordenação de campanha da Deputada Federal Fátima Cleide (PT), no município de Guajará-Mirim, reuniu colaboradores e eleitores para planejar as ações para reta final da campanha da candidata na Pérola do Mamoré. A reunião aconteceu na residência da Professora Lílian Ferreira e contou com a participação dos companheiros Sarara, Fabíola Ocampo, Ricardo Bouez, Clemilton, Lú Barbosa, Ariel Argobe e dos Professors Tony Nunes e Walmor Silva.

A agenda de ações contempla três grandes atividades para os dias 20/09, próximo sábado, caminhada na Feira Livre de Guajará-Mirim, com concentração na esquina das avenidas Mal. Deodoro com Getúlio Vargas (Drogaria Central), a partir das 8 horas; dia 24/09, Pit Stop do 1321, na Avenida 15 de Novembro, com concentração a partir das 17 horas, no posto de gasolina (de propriedade da vice-prefeita), localizado ao lado do Fórum Nelson Hungria; e 27/09, caminhada pelas avenidas Dr. Lewerger e Princesa Isabel, com concentração na esquina das avenidas Duque de Caxias com Dr. Lewerger, a partir das 9 horas.

A coordenação de campanha da Deputada Federal Fátima Cleide, em Guajará-Mirim, convoca militantes, eleitores e simpatizantes da candidata, para participaram destas ações que visam consolidar os votos de Fátima Cleide, que concorre sob o número 1321.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

O DEBATE POLÍTICO DE GUAJARÁ, AS MESMICES E AS FOGUEIRAS DAS VAIDADES




Francisco Assumpção, Presidente da AFAG
Foi realizado dia, 02, terça-feira, no Auditório do Centro de Treinamento São José, da diocese de Guajará-Mirim, o Debate Político (ou sabatina) entre os candidatos da região da Pérola do Mamoré, que disputam o pleito eleitoral de 2014, para ocupar cadeira na Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia. O confronto político foi realizado pela Associação dos Filhos e Amigos de Guajará-Mirim (AFAG), e contou com a participação de grande público, dividido em correligionários, coordenadores de campanhas, ‘formiguinhas’, familiares, eleitores, lideranças dos movimentos sociais, autoridades públicas e eclesiásticas.

Relatar aqui o que cada candidato apresentou como currículo e proposta de trabalho (algumas inclusive surrealistas e outras acanhadas), se fará uma leitura tediosa e desinteressante para o leitor, e não ajudará o eleitor indeciso decidir seu voto (sem querer ser pretensioso e arrogante).

Candidatos que participaram do debate político  da AFAG
Participaram do debate os postulantes Cerzinando de Souza Pessanha, o Pessanha (PSB); Fábio Garcia de Oliveira, o Netinho (PDT); Lucila Socorro de Oliveira, Profa. Lucila (PEN); Onildo Cunegundes Moraes da Silva, o Onildo (PTN); Ronaldo Fernandes de Almeida, o Galego (PT do B); Neidson de Barros Soares, o Dr. Neidson (PT do B); José Antônio Barbosa da Silva, o Dr. Barbosa (PRB); Cícero Alves de Noronha Filho, o Noronha (DEM), e Marileth Soares Deniz, a Profa. Marileth (PT).

O debate realizado pela AFAG é uma atividade do Projeto Guajará Em Ação, lançado no início de 2014, a partir da divulgação de um manifesto em defesa da cidade, da cidadania, do voto consciente e ético e em favor de se eleger candidatos naturais de Guajará-Mirim ou aqui radicados, compromissados com o desenvolvimento da região e com o bem-estar da gente mamorense.

Os primeiro e segundo blocos - e talvez os mais enfadonhos e surrealistas - foram reservados para cada candidato discorrerem sobre seus currículos e principais propostas de ação parlamentar. Sem sombra de dúvidas, nestes dois momentos, após todas as apresentações, não era possível separar uma única alma errante, para enviá-la ao inferno. Todos se colocaram como o mais eficiente, o mais ético, o mais honesto, o mais apaixonado por Guajará-Mirim, o mais devotado por sua gente, o mais capaz e habilitado para defender os interesses, as vontades e os sonhos da nossa população. Resumo da ópera: tínhamos ali, diante de nossas retinas, uma constelação de figuras angelicais e inocentes. O melhor seria enviar a todos - sem exceções - para Assembleia Legislativa de Rondônia. Melhor ainda, o ideal seria despachar, direto para o paraíso, todos aqueles anjinhos, para ornarem a auréola de Nosso Senhor.

Auditório do Centro de Treinamento São José
No terceiro bloco, todos os candidatos responderam sobre temas sorteados. Nesta fase, esperava-se uma discussão mais acalorada e aprofundada, onde cada candidato demarcaria território, se apresentado com falas plainadas, demonstrando conhecimento sobre os temas sorteados, discorrendo com noção mínima sobre os problemas crônicos que afligem cada área e apresentando suas proposições para sanar os entraves. Não foi o que se viu. Lojas Francas, Porto Oficial, Educação e Saúde foram os temas sorteados e abordados. Foi um festival de sofríveis falas genéricas, onde era possível apurar uma imensa falta de conhecimento de alguns candidatos que, sem o menor pudor, valia-se da pedagogia do “embromeichon”, desfiando um rosário de chavões e frases do jargão político; verdadeiro e cansado conjunto de velhas falas empoeiradas e ditas a esmo; as mesmices argumentações rasas e as viciadas posturas de quem fala sobre o que não conhece ou pouco entende, salvo raríssimas exceções.

O cidadão e eleitor ali presente, ou mesmo os que acompanhavam o debate de suas casas, do trabalho e dos mais variados locais da região urbana e rural do município, através da transmissão ao vivo da Radio Educadora de Guajará-Mirim, certamente concluiu ao final deste bloco, sem fazer muito esforço, a lamentável ausência de um projeto político partidário, coletivo, discutido com todos os setores da sociedade, referenciado nos anseios, sonhos e necessidades do cidadão, do empreendedor e do setor público, capaz de tirar Guajará-Mirim do isolamento político, recolocando-a em merecido e elevado cenário estadual de decisões e referências exitosas.

O que imperou, neste momento, foi o discurso do ‘eu’. Cada candidato, (novamente salvo raríssimas exceções), jogava o máximo de combustível em sua própria “fogueira das vaidades”, abanando freneticamente para flamejar o máximo possível, e assim ofuscar a fogueira do concorrente ali ao lado.

Dr. Neidson, PT do B
Sobre o tema saúde, a melhor fala veio da candidata Professora Lucila (PEN), ao afirmar que Guajará-Mirim é o único município do estado que tem um hospital regional municipalizado, defendendo ainda, a transferência do HR para a esfera estadual, uma vez que a Prefeitura Municipal não tem a menor condição de manter referida estrutura, afirmou a candidata. Bastante aplaudida, Lucila ofuscou a performance do Dr. Neidson (PT do B), que tem o tema da saúde como corro chefe de sua campanha. Aliás, sobre este tema, o médico versou de forma muito acanhada.

Quando o tema educação entrou em pauta, todos os candidatos, em coro, afirmaram o óbvio: “a educação é muito importante”. Ninguém, em sã consciência, tem duvidas desta frase. Em todo universo, só conheço uma única pessoa que pensa contrário, e anunciou para o mundo ouvir. Ivo Cassol, Senador da República e ex-governador, que um dia, em um rompante rasgo de arrogância, afirmou que educação não era importante, para o desespero de professores, trabalhadores em educação, pais e alunos.

  Em um debate político, não ir além da leitura rasa, se mantendo nas mesmices e nos velhos chavões – “educação é tudo” - é “chover no molhado” e muito decepcionante para o eleitor. Do analfabeto ao letrado, do rico ao pobre, do centro à periferia, todos reconhecem na educação a alavanca das transformações. Esperava-se dos candidatos uma discussão mais arraigada, profunda, com mais consistência, se expondo as questões locais e sinalizando soluções para a área da educação.

Professora Marileth, PT
As candidatas e professoras Marileth (PT) e Lucila (PEM), por conta de suas experiências, trataram do tema com certa desenvoltura e segurança. O candidato Galego (PT do B), com seu jeito popular, foi um pouco além, citando o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR). Fábio Garcia de Oliveira, o Netinho (PDT), de forma tímida defendeu a criação da Universidade Estadual, a funcionar em Guajará-Mirim e, acertadamente, a criação de uma escola estadual no bairro Jardim das Esmeraldas.

O assunto Porto Oficial foi, sem sobra de dúvidas, o tema que mais suscitou discursos equivocados por parte de quase todo o elenco de candidatos. As falas sobre este tema rumaram na direção da necessidade de se reestruturar melhor o porto oficial da cidade, por onde passam turistas e mercadorias exportadas para o país vizinho. O candidato Noronha (DEM) afirmou o inegável: “nós não temos um porto. O que temos é beira de barranco,” jogando a culpa no Governo Federal. Já o candidato Dr. Barbosa (PRB), fez discurso mais coerente, se destacando dos demais, lembrando que o posto aduaneiro lá existente, hoje em péssimas condições por conta das inundações do Rio Mamoré, será deslocado daquela região, em breve, passando a funcionar com seus serviços de fiscalização e controle, na cabeceira da Ponte internacional Brasil-Bolívia, após sua construção, reafirmando ainda, que tanto o nosso porto, quanto a ponte a ser construída, ambos tem caráter de integração de povos, o que difere de um  porto de exportação e importação. O candidato Galego (PT do B) defendeu uma estrutura portuária para atender também aos ribeirinhos e o candidato Onildo (PTN) defendeu a reordenação daquela região, no viés do turismo e do lazer, com a construção de uma avenida beira-rio.

Dr. Barbosa, PRB, tem confronto direto com Noronha, DEM
O tema instalação de Lojas Francas em municípios da faixa de fronteira, assunto da maior relevância para o fortalecimento da economia local, para geração de emprego e renda, foi, no meu entender, o tema mais embaraçoso para maioria dos postulantes. Neste bloco, alguns confundiam, flagrantemente, Lojas Francas com Área de Livre Comércio, fazendo uma grande ‘mistureba’ durante suas falas, deixando muito claro o profundo despreparo e total ausência de propostas consistentes para esta área. Foi durante este bloco que aconteceu o momento de maior tensão do debate, a partir de um confronto direto estabelecido entre Noronha (DEM) e o Dr. Barbosa (PRB), deixando a todos perplexos e com olhares surpresos em direção à mesa. Durante sua fala, o candidato Dr. Barbosa (PRB), sem economizar adjetivos não elogiosos à Associação Comercial de Guajará-Mirim, disparou uma saraivada de críticas àquela instituição associativa, acusando-a de não ter capacidade de promover o agrupamento de seus associados, envolvendo-os em uma discussão propositiva, em favor das Lojas Francas e da Área de Livre Comércio de Guajará-Mirim, deixando assim, de saia justa, se contorcendo todo, como se estivesse sentado em um formigueiro, o candidato Noronha (DEM), ungido pela Associação Comercial. Noronha (DEM), que se pronunciou na sequência, se defendeu e defendeu a associação, alegou que o candidato Dr. Barbosa (PRB) raciocinava sem conhecimento de causa e sem propriedade. O candidato do PRB pediu direito de resposta e reafirmou sua posição e argumentações, levando Noronha (DEM) a ouvir, pela segunda vez, as críticas dirigidas à Associação Comercial.

Aquele que poderia ser o ápice do evento, o melhor momento do debate - quando o público presente participou ativamente da sabatina, através de perguntas por escrito e sorteadas - foi, no meu entendimento, o mais decepcionante dos blocos, não em razão do teor das perguntas, mas sim, pelo adiantado da hora, pelo cansaço e o esvaziamento do evento. Foi o penúltimo bloco, acontecendo quando já haviam se passado mais de três horas de embate, e o auditório se encontrava significativamente vazio. Lamentável.

O Debate realizado pela AFAG cumpriu seu papel, qual seja: de ajudar o eleitor – o que estiver predisposto - a decidir seu voto. O eleitor poderá direcionar, ou mesmo redirecionar seu voto, a partir de algumas análises dos candidatos, tanto de seus discursos, quanto de suas desenvolturas. O eleitor poderá, também, avaliar outros aspectos, como por exemplo, considerar a performance dos postulantes a partir do “palmômentro” do auditório. Sem nenhuma dúvida, disparado, o melhor candidato é o Dr. Neidson (PT do B). Porém, vale ressaltar que o mais aplaudido, no meu entendimento, desenvolveu fala bastante acanhada durante suas respostas, inclusive na área da saúde, quando todos esperavam o médico surfando na crista da onda.  Para um eleitor crítico, este é um dado relevante. Ainda no quesito “palmômentro”, também se destacaram Noronha e Netinho. É bom ressaltar que todos os candidatos levaram suas respectivas torcidas organizadas, logo, a avaliação do “palmômetro” não é garantia de acerto. Ficou com o “troféu fala empolgante”, o candidato Galego (PT do B), sendo o seu melhor momento, o compromisso ali firmado que, se eleito, irá levar para seu gabinete Noronha (DEM) e Pessanha (PSB), pessoas competentes para assessorá-lo, segundo Galego (PT do B). O público presente desabou em estrondosa gargalhada, deixando os candidatos citados desconsertados.

O debate serviu para desnudar os candidatos das velhas posturas e táticas viciadas de campanha; das falas impregnadas de verborreias, sem qualquer sentido, inservível para balizar o voto do eleitor. Certamente, todos os candidatos saíram dali, fazendo uma reflexão sobre suas práticas de campanha. Para um bom entendedor, meia palavra basta e para os candidatos mais atentos, que compreenderam os propósitos do debate, seguramente saíram do embate político dispostos a promover reajustes em suas propostas. A sabatina da AFAG também serviu para calibrar melhor a fala de cada candidato, conscientizando-os, ainda, da necessidade de se buscar um maior diálogo com todos os setores da sociedade, em particular com os movimentos sociais, sindicais e populações historicamente excluídas, para, desta feita, se construir um autêntico projeto político coletivo e partidário.

Em suma, no Debate Político promovido pela AFAG ganhou o eleitor, ao analisar cada candidato, perceber suas contradições e suas potencialidades, identificando, ainda, embustes e mesmices em cada proposta e, assim, separar proposições com possibilidades de materialização exitosa. Ganhou o cidadão e o eleitor, por ter a condições de, naquele momento, reprovar nomes e posturas revestidos pela “fogueira da vaidade” e, em outra margem, considerar os bons candidatos, com concreto projeto de atuação parlamentar, exequível, que o eleitor, até então, não tinha visibilizado. Ganhou a democracia.

Para mim, particularmente, pude compreender melhor porque, há quase duas décadas, Guajará-Mirim não elege um representante estadual. Não sei se isto já será possível neste pleito, mas a ação da AFAG é, com toda certeza, o início de uma caminhada que irá recolar Guajará-Mirim, num futuro bem próximo, em frondosa posição do cenário político rondoniense.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

DEBATE UOL E SBT: DILMA SURPREENDE, MARINA SE ENROLA E AÉCIO VIRA NANICO

Debate UOL SBT
Dilma foi a sorteada para ser a primeira a fazer as perguntas nos dois blocos entre candidatos. Em ambos, escolheu Marina Silva. A estratégia de Dilma foi a de explorar as contradições e inconsistências da candidata do PSB e do seu programa de governo. Na primeira pergunta, Dilma levantou uma série de propostas de Marina e apresentou o quanto isso custaria, perguntando de onde ela tiraria o dinheiro já que não pretende continuar o Pré-Sal. Marina se atrapalhou na resposta e disse que cortaria os gastos públicos para poder fazer o que promete. Mas não explicou como seriam esses cortes e nem onde seriam realizados.

Na segunda oportunidade que pôde fazer pergunta, Dilma também foi de Marina. E foi direto ao ponto do Pré-Sal. Disse que das 242 páginas do seu programa, Marina havia dedicado apenas uma linha a essa questão. Marina de novo não deu uma resposta direta. Tergiversou como pôde, mas depois disse que irá continuar a exploração, mas também olhando para o futuro e para outras fontes energéticas. Dilma lhe disse que aquilo que ela menosprezava valia 1 trilhão de reais. E Marina de novo não foi direta na resposta.

Aécio ficou boa parte do tempo olhando as duas debaterem. E também observando Eduardo Jorge e Levy Fidelix, cada um ao seu jeito, darem seus shows. Quando tinha a palavra, Aécio tocava de lado e de forma burocrática. Como se já houvesse desistido da candidatura e cumprisse apenas um papel ao qual não podia mais recusar.

Mesmo quando teve a chance de confrontar Dilma Roussef, saiu-se mal. Tomou duas coelhadas da candidata do PT, que partiu para cima no seu jeito Mônica de ser. Dilma disse que Aécio devia ter memória fraca por não se lembrar dos investimentos do governo federal em Minas Gerais.

Outro momento interessante foi quando Luciana Genro perguntou a Marina se ela era a segunda via do PSDB. Marina quando confrontada faz caretas e começa a resposta irritada. Não foi diferente dessa vez. Ao invés de ser direta e dizer que não, voltou no tempo e começou a elogiar os governos anteriores, tentando dizer que não era radical como a candidata do PSOL, algo absolutamente desnecessário. Na réplica, Luciana deu lhe um truco. A psolista afirmou que não dava para conciliar o tempo todo e que Marina não iria governar para o povo, porque fazia acordo com banqueiros, usineiros e se submetia às pressões do Malafaia. E aí, Marina mordeu a isca e voltou a culpar o revisor pelo volta atrás nas questões LGBT.

Marina não foi bem neste debate. Teve um desempenho bem inferior ao anterior. Inclusive porque seus adversários começaram não só a explorar suas contradições, como também a chamar a atenção para o fato de que ela não responde nada de forma objetiva. Entenderam que o jeito Marina de discursar pode ser bom para um debate ou dois. Mas que se bem explorado pode se tornar uma arma contra a candidata.

Por outro lado, Dilma saiu um pouco da camisa de força do marketing e foi mais Dilma. Isso fez com que melhorasse sua performance. E mesmo dando suas costumeiras gaguejadas, teve o melhor desempenho entre os três principais candidatos. Até porque, Aécio virou um engravatadinho sem graça no meio da disputa franca das candidatas mulheres.

Aliás, não se pode negar isso nem a Marina nem a Dilma. Ambas não estão fugindo do confronto direto. E isso tem deixado os debates dessa eleição presidencial muito mais interessantes.

Fonte: http://www.revistaforum.com.br/blogdorovai/2014/09/01/debate-uol-e-sbt-dilma-surpreende-marina-se-enrola-e-aecio-vira-nanico/

MARINA SAI MENOR DE DEBATE DOMINADO POR JUROS; AÉCIO EM SAIA JUSTA



por Luiz Carlos Azenha

Debate SBT
O fato de que os juros bancários e o papel dos banqueiros na economia brasileira dominaram boa parte das falas dos sete candidatos no debate do SBT fez com que a candidata socialista, Marina Silva (PSB), saísse dele menor.

O assunto foi tratado, direta ou indiretamente, pelos candidatos Eduardo Jorge (PV), Luciana Genro (PSOL), Levy Fidelix (PRTB) e Dilma Rousseff (PT).

Marina, que sempre surfou em sua origem humilde, desta vez teve o nome e o projeto político associados a juros e banqueiros.

Fidelix chegou a nomear duas pessoas próximas a Marina — o empresário Guilherme Leal, da Natura, e a educadora Maria Alice Setubal, a Neca, acionista do banco Itaú — como devedores de impostos à União.

Embora não o tenha feito de forma didática, Dilma criticou a proposta de Marina de dar autonomia ao Banco Central. No governo Dilma a decisão do Banco Central de aumentar ou não os juros é tomada depois de consultas ao mercado. Num eventual governo Marina, o BC teria autonomia para fazê-lo independentemente da população ou de seus representantes eleitos.

Eduardo Jorge teve a melhor apresentação individual no debate, considerando a coerência e a ênfase com que defendeu pontos polêmicos. Por exemplo, creditou a falta de apoio popular a duas de suas propostas — descriminalização das drogas e direito à interrupção da gravidez — à falta de coragem dos políticos de debater o assunto com a população. Explicou bem o domínio dos dez maiores bancos sobre a economia brasileira e prometeu reduzir os juros. Na mesma linha, Luciana Genro afirmou acreditar que Dilma, Marina e Aécio são irmãos siameses, ou seja, representam todos interesses de banqueiros.

O maior confronto se deu entre as candidatas que lideram as pesquisas, com Marina afirmando que Dilma fracassou na economia e esta sugerindo que Marina usa “frases de efeito e frases genéricas”, típicas de campanha eleitoral, mas não sabe governar.

Diferentemente do que aconteceu no debate da Band, no debate do SBT os jornalistas se destacaram por perguntas apropriadas, duras e pertinentes, com destaque para Fernando Rodrigues, Fernando Canzian e Kennedy Alencar.

Alencar, que sugeriu ao candidato do PRTB que ele liderava uma legenda de aluguel, foi chamado por Levy Fidelix de “língua de aluguel” e “língua de trapo”.

Fernando Rodrigues encaixou um direto no rosto do pastor Everaldo (PSC), ao revelar que o candidato já foi acusado de agressão por uma mulher com a qual se relacionou. Ao informar que foi absolvido, o defensor dos “valores da família” acabou admitindo que seu primeiro casamento não deu certo, que tinha mesmo namorado a acusadora mas que agora, sim, estava casado de maneira estável. Fernando Rodrigues, de forma sagaz, escolheu Aécio Neves para comentar o assunto – o jornalista Juca Kfouri, do UOL, informou em seu blog que o tucano teria cometido, em 2009, uma “covardia” com uma “acompanhante” num evento no Rio. Foi a saia justa da noite. Aécio mudou de assunto.

A frase de efeito que marcou o debate partiu de Luciana Genro, que perguntou a Marina: “Tu és mesmo a segunda via do PSDB?”. Luciana também questionou o fato de Marina ter mudado seu programa de governo, no trecho que defendia o casamento entre pessoas do mesmo sexo, por pressão do pastor Silas Malafaia, ao que a socialista disse que tinha sido um erro “da equipe” responsável pelo processo.

Aécio Neves aproveitou sua fala final, quando já não havia direito de resposta, para alfinetar Marina Silva e dizer que ele, sim, é uma alternativa segura de mudança.

No conjunto da obra, é opinião deste blog que Marina Silva saiu menor que entrou no debate, por dois motivos: entrou no rol dos que defendem os banqueiros e sofreu acusações de que muda de posição de acordo com o vento.

Além disso, perdeu o debate com Dilma quando ambas trataram do pré-sal, especialmente quando a presidente informou que em breve o Brasil será o segundo maior produtor mundial de energia eólica.

Tanto a presidente Dilma quanto Aécio Neves sairam maiores, com o tucano se apresentando melhor que Dilma no geral, embora tenha perdido para a presidente o confronto específico que ambos travaram — sobre investimentos federais em transporte público.

PS do Viomundo: O leitor Ricardo quer saber qual é a minha métrica. Certamente não é a moral, pois nunca me considerei Deus para julgar a moralidade alheia. É apenas e tão somente minha percepção como eleitor e telejornalista com alguma experiência nas costas. Eu sempre achei que as tendências eleitorais levam um tempo para se cristalizar. Nunca subestimei a capacidade do chamado “povão” de decidir. Seria condescendente fazê-lo. Em minha opinião, o eleitor pergunta: vai mudar para melhor ou para pior? Dilma ainda não conseguiu suscitar esta dúvida. Pode ser por incompetência, mas acho que é estratégia de deixar mais para perto da eleição. Pelo menos no SBT, acho que Aécio foi bem mais convincente que Marina como “candidato da mudança”.

Fonte:  http://www.viomundo.com.br/opiniao-do-blog/marina-sai-menor-de-debate-dominado-por-juros-e-banqueiros.html 

PT DE GUAJARÁ-MIRIM PARTICIPA DE ENCONTRO POLÍTICO COM EVO MORALES

Profa. Lília Ferreira, Presidente PT/GM O Presidente da Direção Regional do Movimiento al Socialismo - Instrumento Político por la Soberanía...