quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

FESEC APROVA REGULAMENTO DO CARNAVAL


Desfile da São João Batista em 2010. Em destaque, Francis Barreto
A FESEC - Federação das Escolas de Samba e Entidades Carnavalescas de Rondônia realizou nesta última terça-feira, 28, no Auditório da Biblioteca Francisco Meireles, reunião para discutir e aprovar o Regulamento que disciplina as apresentações dos GRES no carnaval de 2011.

O Regulamento aprovado, por unanimidade, é o mesmo que vem sendo aplicado nos últimos anos, com pequenas alterações e adequações discutidas ponto a ponto, com a participação e colaboração dos representantes e Presidentes de todas as escolas presentes à reunião.

O momento mais tenso da discussão foi o instante da divisão dos recursos. A proposta aprovada pela maioria (leia-se Os Diplomatas do Samba, Rádio Farol, Império do Samba e São João Batista), além de destinar à FESEC 10% do total arrecado, na condição de taxa de manutenção, também reserva 75% dos recursos restantes ao grupo especial, composto pelas escolas Os Diplomatas do Samba, Asfaltão, São João Batista e Acadêmicos do Armário Grande. Os vinte e cinco por cento remanescente será destina às GRES do grupo de acesso (Rádio Farol e Império do Samba).

Alegoria do GRES Asfaltão - carnaval de 2010
Outro momento polêmico foi a votação da ordem dos desfiles. O texto final determina a seguinte ordenação: domingo de carnaval, dia 06 de março, abre o desfile de 2011, a partir das 20 horas, o Império do Samba (do Grupo de Acesso), seguida por duas escolas do Grupo Especial, a Acadêmicos do Armário Grande e a Asfaltão, que fecha o primeiro dia de desfile. No sábado, dia 7, no mesmo horário, é a vez da Rádio Farol, do Grupo de Acesso, iniciar as apresentações. Na seqüência, entram na Passarela do Samba Édson Fróes as escolas de samba São João Batista e Os Diplomatas do Samba, que encerrará o desfile desta segunda noite de apresentações dos nossos grêmios carnavalescos.

Respeito ao cumprimento dos horários dos desfiles, concentração e dispersão foram questões discutidas amplamente. A FESEC deu ênfase a este tópico, inclusive prevendo no Regulamento, além da penalização das escolas violadoras da regulamentação, com a subtração de pontos, também determina a diminuição do total de recursos financeiros a serem repassados para o carnaval de 2012, às escolas que transgredirem as normas legais.
 


MISTURA FINA - HISTÓRIA E TRADIÇÃO


 Por: Argobe, Ariel (*) 

Francis Barreto, a Porta-Estandarte do Bloco Mistura Fina, Silvio Santos (de Norminha),
Benjamin Mourão (guarda Abel) e o popular Burruchaga interpretando ele mesmo (2009)
No próximo dia 31 de dezembro de 2010, no último dia do ano, mais uma vez assistiremos, serpenteando pelas ruas centrais da cidade de Porto Velho, um dos mais tradicionais e reverenciados exemplares do patrimônio cultural imaterial da urbe tupiniquim: o popular bloco de sujos Mistura Fina, uma sociedade carnavalesca que traduz a alma da comunidade do Bairro Nossa Senhora das Graças e da população de Porto Velho, como eternos súditos do Rei Momo.

Makumbinha, Presidente do Asfaltão e o Deputado Federal
Eduardo Valver - Bateria do Bloco (2009)
Em artigo sob o título “Despedida: Mistura Fina – Adeus ao Ano de 2009”, publicado no final daquele ano, no Caderno de Cultura do Jornal Diário da Amazônia, Coluna do Zé Katraca, matéria assinada por Sílvio Santos, nos informa o colunista sobre as origens do bloco: “A brincadeira começou durante a construção da Usina Hidrelétrica de Samuel quando vários técnicos contratados para trabalhar em sua montagem vieram do Rio de Janeiro e alguns, inclusive, eram integrantes e diretores de escolas de samba daquela cidade como era o caso dos idealizadores do Bloco Edinho diretor de harmonia da Império Serrano e José Leôncio compositor consagrado de samba de terreiro e partido alto, entre outros menos votados”.

Desfile do Bloco Mistura Fina no dia 31 de dezembro de 2009
E, no mesmo artigo, continua Sílvio Santos: “O Bloco nasceu numa Vila localizada a rua Guanabara entre a D. Pedro II e Carlos Gomes no bairro São Cristóvão. Por vários anos o bloco se apresentava da seguinte maneira: As mulheres se vestiam de homem e os homens se vestiam de mulher e lambuzavam o rosto de maizena. O itinerário era o seguinte: Guanabara, Carlos Gomes, Joaquim Nabuco até o bar do Casemiro onde se encontravam com os sambistas de Porto Velho, Bainha, Silvio, Manelão, Oscar, Baba, Zé Baixinho e muitos outros. No bar do Casemiro geralmente a turma recebia os brincantes do Mistura Fina com uma super carneirada. Após alguns minutos e o reabastecimento das energias o bloco seguia agora com a participação dos carnavalescos de Porto Velho, pela Almirante Barroso, Mal. Deodoro, Carlos Gomes, Presidente Dutra, Sete de Setembro, Joaquim Nabuco até o bar do Casemiro onde o pessoal de Porto Velho ficava e os cariocas seguiam até a Guanabara”.

Ariel Argobe, Victor Hugo, Huguinho e Alzenegão
no Mistura Fina de 2009
O Bloco de Sujos Mistura Fina, constituído por fieis foliões seguidores de folguedos tradicionais, preserva e ostenta como uma de suas características importante e histórica, um conjunto de brincadeiras próprias do carnaval de outras épocas, hoje só visto em nosso Estado durante as apresentações deste bloco. Trata-se, pois, de elementos plásticos que outrora, esteticamente, definiam antigos cordões da festa de Momo, então conhecidos por entrudos, um formato de folgança carnavalesca que chegou ao Brasil através de nossos irmãos portugueses.

Sobre as peculiaridades do entrudo, o artigo “Por que não vou ao Baile Municipal, de Máscaras”, do Grupo Cidade, Cultura e Inclusão, publicado na mídia eletrônica local no ano de 2007, nos esclarece: “No noroeste da Península Ibérica e no norte de Portugal, ainda na Idade Média, costumava-se comemorar o período carnavalesco com brincadeiras diversas. Em algumas delas, havia, inclusive, grandes bonecos. No Brasil, essa forma de brincar — que consistia num folguedo alegre, mas tido como violento — já pode ser notada nos primórdios da colonização, persistindo, com o nome de entrudo, até as primeiras décadas do século XX.


Manelão, o General da Banda e Ernandes Sergismundo,
Presidnete do Bloco Pirarucu do Madeira
E, de alguma forma, chegou até nos influências deste estilo de cordão carnavalesco irreverente, popular e autêntico, como podemos observar no Bloco Mistura Fina, que guarda resquícios plásticos do entrudo. O Cordão Carnavalesco Mistura Fina é, em sua definição estética, um sagrado-profano templo guardião da memória e da história da identidade cultural das terras de karipunas e karitianas. Um legítimo exemplar da festa momesca que, por sua plástica e história, se insere no rol de importante peça patrimonial, do campo imaterial, da cidade de Porto Velho e de sua gente.


Perpetuar este bem cultural depende apenas de sua alegria, empolgação e participação, como milhares de portovelhenses fazem todos os anos, no dia 31 de dezembro, horas antes da virada: seguir este popular cortejo de Momo e aderir as suas brincadeiras, sem reservas. ADEUS ANO VELHO! FELIZ ANO NOVO!
 
Lú Silva, de Emília
 
Jamyle Vanessa e Matias Mendes


(*) Artista plástico, carnavalesco e Presidente da Federação das Escolas de Samba e Entidades Carnavalescas do Estado de Rondônia – FESEC

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

BLOCO MISTURA FINA - 27 ANOS DE HISTÓRIA

Francis Barreto (Porta-Estandarte) e Burruchagas

 No dia 31 de dezembro de 1983, sambistas como Bainha, Silvio Santos, Oscar, Zé Baixinho, o saudoso Babá, Manelão e tantos outros, fazendo aquela roda de samba inesquecível, mas que ainda é possível encontrar no berço do samba do bairro Santa Bárbara, ladeados por engenheiros, técnicos entre outros operários que vieram para trabalhar na construção da usina da Hidrelétrica de Samuel, que faziam daquele momento, longe de casa, o seu reveilon.
Concentrados no Bar do Casemiro, que se localizava na Joaquim Nabuco com Almirante Barroso, dão início à história do verdadeiro e único Bloco de Sujos de Porto Velho, que depois passou a sair do bar do Antônio Chulé. A festa continua numa verdadeira “Mistura Fina”, é o momento de união e congregação do samba e dos sambistas de Porto Velho.


Como diz a marchinha do Waldison e Mávilo (feita para o tradicional Bloco): “...Seja na Joaquim com Almirante, Seja na Bolívia com Joaquim, quando chega o final do ano o nosso Carnaval começa assim: A gente se reúne pra sair lá da esquina no Bloco Mistura Fina...”


Ou como diz o Tatá: “...Por favor não confunda o pó. O pó do Bloco mistura Fina...”


Desfile do Bloco Mistura Fina em 2009
Nesta quarta-feira(29/12/2010), a partir das 18:00 horas na rua Bolívia entre Brasília e Joaquim Nabuco, a turma se reúne para organizar o repertório, vá lá, dê a sua contribuição, para organizar o “ensaio” do bloco Mistura Fina.

O Bloco se concentra dia 31/12/2010, a partir das 13:00, na Rua Bolívia, entre Brasília e Joaquim Nabuco. Saída às 17:00 com o seguinte trajeto: JOAQUIM NABUCO; ALMIRANTE BARROSO; MAL. DEODORO; CARLOS GOMES; TENREIRO ARANHA; 7 DE SETEMBRO; NAÇÕES UNIDAS;BRASÍLIA; E BOLÍVIA(dispersão).

Uma coisa é certa, você indo ao Bloco, Terá muita história pra contar!



Prestigie!!!


Fonte: Silvia Pinheiro

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

HISTÓRIA DO CARNAVAL EM PORTO VLEHO

Deixa Falar a 1ª Escola de Samba

Eliezer Santos popularmente conhecido como Bola Sete, chegou a Porto Velho como Soldado da Borracha, justamente no mês de setembro de 1943, ano e mês em que o presidente Getúlio Vargas assinou o Decreto de criação do Território Federal do Guaporé.
Como Soldado da Borracha, Eliezer deveria, ao desembarcar no porto de Porto Velho, seguir para algum seringal, porém por se destacar entre seus companheiros, pois sabia ler e escrever, foi contratado para trabalhar no Hospital São José pelo governo territorial.
Ainda bem que ele não foi para os seringais, pois se isso acontecesse o folião portovelhense só iria assistir ao desfile de uma escola de samba a partir de 1950 quando surge a escola “O Triangulo Não Morreu”.
Bola Sete “malandro” dos bons, acostumado em sua terra natal a freqüentar as rodas de samba e desfilar durante o carnaval nessas agremiações, ao conhecer a “malandragem” de Porto Velho que freqüentava principalmente o Mocambo e a Vila Confusão, resolveu juntamente com outros boêmios e foliões, criar uma escola de samba. Foi do pensamento a realização do desejo em poucos dias e então criou a primeira escola de samba do então Território Federal do Guaporé a “Deixa Falar”.
Há alguns anos entrevistei o Porteiro, Severino Alexandre da Silva e ele contam o seguinte: “Eu estava servindo na terceira Cia de Fronteira em 1946. Era eu Antônio Leiteiro e outros que trabalhávamos no rancho, cortamos sacos de sarrapilha no fundo e do lado e fizemos a fantasia. Nascia ali o escola de samba “Deixa Falar”. O comandante ficou olhando. Tinha também o Alípio irmão do Bainha, o Preguinho apelido do Walter Bartolo, Jaime, Antônio Campo que era irmão do Cabeleira e o Inácio Campo pai; O Bola Sete era um dos baluartes e ainda tinha o Antonio Coxó e Eu com a Cobra”.

Curiosidades da Deixa Falar

Os brincantes da escola desfilavam dentro do famoso Cordão de Isolamento à frente ia o Bola Sete com uma Ma romba era o Baliza ou o Abre Alas. Como declarou o Severino Porteiro um dos brincantes (o próprio Severino ou o Antônio Coxó posicionado) logo após o Bola Sete levava uma cobra jibóia no pescoço.
Apenas homens desfilavam na escola.
A fantasia geralmente era uma camiseta com a propaganda do Vermut Martini ou Cinzano.
Os instrumentos eram apenas Surdo, tamborins, pandeiros, ronca ronca (cuíca), agogô que era chamado de gangorra.
Os instrumentos de couro eram feitos pelos próprios brincantes e precisavam ser esquentados de vez em quando, por isso um dos brincantes era responsável pelos jornais que seriam queimados para esquentar os tambores. 

BOLA SETE


Eliezer Santos popularmente conhecido como Bola Sete, chegou a Porto Velho como Soldado da Borracha, justamente no mês de setembro de 1943, ano e mês em que o presidente Getúlio Vargas assinou o Decreto de criação do Território Federal do Guaporé.
Como Soldado da Borracha, Eliezer deveria, ao desembarcar no porto de Porto Velho, seguir para algum seringal, porém por se destacar entre seus companheiros, pois sabia ler e escrever, foi contratado para trabalhar no Hospital São José pelo governo territorial.
Seu único filho Jorge Bola nos forneceu uma breve biografia: Eliezer Santos conhecido como Bola Sete, nasceu no dia 11 de agosto de 1923, no município de Itororó no estado da Bahia. Chegou a Porto Velho em setembro de 1943 como soldado da Borracha, trabalhou no Hospital São José/ foi jardineiro na praça Mal. Rondon Vendedor de bom-bom, boxer e lutador de Luta Livre criou a primeira academia de Boxe e Luta Livre do Território do Guaporé e foi o primeiro Cambista da cidade, como seus amigos gostavam de chamá-lo porque vendia bilhete da Loteria Federal e escrevia Jogo do Bicho. Precursor dos primeiros movimentos carnavalescos, além de ser criador do Movimento das Pastorinhas. Juntamente com amigos fundou a escola de samba “Deixa Falar” em 1946, a primeira escola de samba de Porto Velho e em conseqüência do Território do Guaporé; é considerado como um dos fundadores da escola de samba “Os Diplomatas do Samba” a escola do seu coração.
Bola Sete faleceu no hospital Prontocor aos 33 minutos do dia 13 de dezembro de 1985, no momento de seu passamento estavam no quarto os carnavalescos. Silvio Santos, Babá (Bola deu último suspiro nos braços do Babá), Manelão além do Dr. José Augusto.

Fonte: Diário da Amazônia, Caderno de Cultura, Coluna do Zekatraka



HISTÓRIA DO CARNAVAL EM PORTO VELHO

Os desfiles das escolas de samba

Apesar dos blocos dos clubes sociais, dominarem os desfiles carnavalescos, nas décadas de quarenta, cinqüenta e parte da década de sessenta, Porto Velho conta com desfile de escola de samba desde o carnaval de 1946. Segundo conta o Severino Alexandre da Silva "A escola de samba Deixa Falar do Bola Sete, desfilou pela primeira vez no carnaval de 1946". “No inicio da década de cinqüenta surge à escola de samba “O Triângulo Não Morreu” e em 1958 é a vez da escola de samba “Prova de Fogo” que no carnaval seguinte (1960), passou a ser chamada de” Universidade dos Diplomatas do Samba e hoje, é apenas "Os Diplomatas". Os desfiles ainda eram na Presidente Dutra.

Curiosidades

Um fato interessante foi que, com a criação da “Diplomata", as duas escolas, "Triângulo" e "Deixa Falar" deixaram de desfilar, porque seus brincantes foram todos para a nova escola de samba. Isso fez com que a Diplomatas fosse à única escola de samba a se apresentar no carnaval de Porto Velho até 1964 quando surge a escola de samba "Pobres do Caiari".
A escola Pobres do Caiari surgiu exatamente, durante o desfile do carnaval de 1964 na Avenida Presidente Dutra, como bloco de sujo, daí o nome "Os Pobres do Caiari".
A Diplomatas do Samba dominou o carnaval de escola de samba durante dez anos. De 1959 a 1969 isso quer dizer, que ela foi à rainha da Presidente Dutra.

Fonte: Diário da Amazônia, Caderno de Cultura, Coluna do Zékatraka

HISTÓRIA DO CARNAVAL EM PORTO VELHO

As Batalhas de Confete

As Batalhas de Confete aconteceram em Porto Velho, até o carnaval de 1960

Tudo que acontece no carnaval de Porto Velho desde sua criação em 1907, até os dias de hoje, é influencia do carnaval do Rio de Janeiro ou do carnaval de Belém do Pará. Assim foi com a introdução das Batalhas de Confete que aconteciam entre o mês de novembro até o sábado magro no mês de fevereiro ou março.

A festa era organizada pela prefeitura municipal e geralmente, acontecia na Avenida Sete de Setembro. As Batalhas de Confete eram uma prévia dos desfiles oficiais, já que a prefeitura premiava os melhores blocos de cada Batalha. Assim, os blocos dos clubes sociais Imperial, Guaporé, Danúbio Azul Bailante Clube, Bancrévea, Ypiranga e as escolas de samba, Deixa Falar, O Triângulo Não Morreu e Diplomatas, levavam para essas apresentações o que tinham de melhor (as escolas de samba não participavam do concurso apenas se apresentavam). Lembro de grandes passistas de frevo como o Julio Cezar Pontes que concorria pelo Bancrévea e do Camarão que representava o Ypiranga, era páreo duro a disputa entre esses dois foliões, o público ficava aguardando as passagens dos blocos de Bancrévea e Ypiranga só para assistir as peripécias dos dois passistas.

Durante os sábados que antecipavam os dias de carnaval propriamente dito, a prefeitura armava o palanque e promovia as Batalhas de Confete. A população da cidade em massa prestigiava a realização do evento, que geralmente começava as 17h00 e terminava no máximo as 20h00.

A grande Batalha de Confete, acontecia no Sábado Magro de Carnaval, nesse dia todos os blocos e escolas de samba se reuniam a partir das três horas da tarde, na Estação da Estrada de Ferro Madeira Mamoré para esperar Sua Majestade Rei Momo Primeiro e Único e sua Corte.

O Rei Momo embarcava na Vila de Santo Antônio numa Litorina toda decorada com motivos carnavalescos e chegava à estação de Porto Velho por volta das 17h00.

Da estação, Sua Majestade seguia para o palanque que era montado na calçada da Praça Rondon com a frente para a Avenida Sete de Setembro. Os blocos seguiam a pé a condução do Rei Momo (geralmente um Jeep), brincando carnaval ao som de suas orquestras. Ao chegar ao palanque o prefeito de Porto Velho passava oficialmente a Chave da Cidade para as mãos de Sua Majestade Rei Momo Primeiro e Único. Assim que assumia a cidade, Sua Majestade ordenava que o Arauto anunciasse as Leis que passariam a vigorar a partir daquele dia até a terça feira de carnaval.

Após essa solenidade o Rei mandava que começasse a última “Batalha de Confete” daquele carnaval e os foliões dos blocos, ao som de marchinhas e frevos pernambucanos, se esmeravam para mostrar o melhor.

As Batalhas de Confete aconteceram em Porto Velho, até o carnaval de 1960 quando o Rei Momo foi o empresário Emil Gorayeb.

Fonte: Diário da Amazônia, Caderno de Cultura, Coluna do Zekatraka

CANTORA E IRMÃ DE CHICO BUARQUE, ANA DE HOLLANDA ASSUME MINISTÉRIO


Ana Buarque de Hollanda, Ministra da Cultura

Filha do historiador Sérgio Buarque de Holanda e irmã do cantor Chico Buarque, Ana Maria Buarque de Hollanda foi escolhida pela presidente eleita, Dilma Rousseff, para comandar o Ministério da Cultura. Ela trabalhou no Centro Cultural São Paulo, da Secretaria Municipal de São Paulo, de 1982 a 1985, e chefiou o setor de música do órgão. Foi também Secretária de Cultura do Município de Osasco, entre 1986 e 1988, e diretora do Centro de Música da Funarte, entre 2003 e 2007. Nascida em 12 de agosto de 1948, no Rio de Janeiro, estreou nos palcos aos 16 anos, acompanhando o irmão Chico Buarque, como integrante do quarteto As Quatro Mais, no show “Primeira Audição”. Em sua carreira, além de três discos próprios, tem participações em discos de Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Toquinho e Miúcha. Como atriz, participou de vários espetáculos, entre eles “O Reino Deste Mundo”, dirigido por Amir Haddad. Escreveu, em parceria com a dramaturga Consuelo de Castro, a peça “Paixões Provisórias” e em 1993 participou do musical “Nunca Te Vi, Sempre Te Amei”. (G1)

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

LULA SANCIONA PLANO NACIONAL DE CULTURA

Presidente Lula
O projeto de lei que institui o Plano Nacional de Cultura (PNC), de autoria do líder do Governo no Congresso, deputado Gilmar Machado (PT-MG), foi sancionado pelo presidente Lula ontem  (02/12/2O10, no Teatro Municipal), durante a cerimônia de entrega da Ordem do Mérito Cultural 2010, no Rio de Janeiro.

Além de definir princípios e objetivos para a área cultural nos próximos dez anos, a proposta discrimina os órgãos responsáveis pela condução das políticas para a área e aborda ainda aspectos relativos ao financiamento. “O PNC representa uma vitória no sentido da popularização e democratização da cultura do nosso país”, ressalta Gilmar Machado.

Como definido no texto, o plano será regido pelos princípios de diversidade cultural, respeito aos direitos humanos, responsabilidade socioambiental e valorização da cultura como vetor do desenvolvimento sustentável. Um dos objetivos previstos é o desenvolvimento cultural do País, por meio da integração de iniciativas do Poder Público que conduzam à defesa e à valorização do patrimônio cultural.

O PNC tem ainda por finalidade estimular a produção, promoção e difusão dos bens culturais; a formação de pessoal qualificado para a gestão do setor; a democratização do acesso aos bens culturais; e valorização da diversidade étnica e regional.

A criação do plano foi prevista no texto da Constituição a partir de emenda constitucional aprovada em 2005, refletindo os debates da 1ª Conferência Nacional da Cultura.

Fonte: Boletim Informes do PT na Câmara - nº 4610

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

CONFÚCIO OUVE ARTISTAS

Confúcio Moura, Governador eleito
Nesta segunda-feira, dia 13, a Assessoria do Governador eleito Confúcio Moura, convocou grupos culturais das quadrilhas juninas, dos bois-bumbás e das escolas de samba, representantes das artes visuais, das artes cênicas, da música, da dança e mestres da cultura popular para participarem de uma reunião com o Governador eleito, realizada no auditório da UNIR Centro.

O objetivo do amistoso e bem visto encontro, segundo a equipe organizadora da reunião, é aproximar Confúcio Moura dos produtores e entidades cultuais da capital e de Rondônia e, assim, melhor conhecer os anseios, as necessidades e as expectativas do segmento.

Diversos representantes fizeram uso da palavra, agradecendo a oportunidade para expor suas opiniões sobre as políticas culturais dos últimos governos e suas expectativas com relação à administração de Confúcio Moura.

Todos os comentários tecidos, unanimemente convergiram na mesma direção, reconhecendo a total ausência ou quase nenhuma atitude de políticas públicas culturais, com caráter continuado, voltadas para fortalecer, proteger, desenvolver e perpetuar o nosso acervo cultural histórico, material e imaterial. Os representantes do segmento que se pronunciaram, lembraram ao Governador eleito sobre o comportamento das autoridades responsáveis pela condução da pasta da cultura ou que interagem com este segmento que, na maioria das vezes, tratam os artistas e produtores culturais com indiferença e desprezo.

O Presidente da FESEC, Ariel Argobe, fez um pronunciamento contundente, assinalando ao Governador que há mais de meio século escolas de samba desfilam nas ruas de Porto Velho. Porém, nem o samba, nem as quadrilhas juninas e nem os bois-bumbás, protagonizadores de grandes espetáculos populares que reúnem milhares de espectadores, até hoje, não possuem um lugar apropriado para suas manifestações culturais, em razão da total omissão do Estado. Em sua fala, Ariel Argobe deixou claro que o acervo de cultura popular imaterial é o mais prejudicado pela ausência do poder público, além de perseguido por alas conservadoras do Estado e da sociedade.


Ariel Argobe, Presidente da
FESEC

Para muitos presentes, a convocação da reunião pegou o segmento cultural de surpresa. Ninguém da área sabia da intenção do Governador, interessado em ouvir e falar aos produtores culturais do Estado. Para todos os presentes, a atitude de Confúcio Moura é um bom sinal para a cultura e para o produtor cultural de Rondônia.

Como um bom mineiro, o Governador mais ouviu e pouco falou. Comprometeu-se em encaminhar a ALE, em março, o projeto de lei de incentivo à cultura, o do fundo estadual de cultura, destinar mais recursos para pasta cultural, concluir o teatro estadual de Porto Velho e o de Ariquemes e, estrategicamente, usar os recursos da cultura como contrapartida de bons projetos que tenham a capacidade de carrear mais recursos para o segmento.


quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

I NOITE CULTURAL LGBT DA ZONA LESTE


Outra atividade de amplo sucesso desenvolvida pelo Porto Diversidade foi a I Noite Cultural LGBT da Zona Leste, atividade artística embalada pela banda musical Resistência Urbana, pelos grupos de danças e DJs, todos artistas do setor leste, contratados e convidados para animar a festa cultural. “Foi uma grande noite sorvida pelo espírito da tolerância, do respeito e revestida pela cultura de paz e da diversidade”, afirmou Ariel Argobe, um dos articuladores da ONG LGBT. Foi desta forma que a comunidade LGBT do setor leste de Porto Velho marcou o Dia Mundial de Luta e Combate à AIDS. Veja imagens:


A Miss Beatriz e a Coordenadora
das travestis na ZL, Sara Bleckson
 

Grupo de dança se apresentando




  


Grupo Impacto da Dança
 


Sara fala para o público
 

Parceiros do Ritmo


O público participa entusiasmado


Um público jovem vibra com as apresentações



A juventude presente
 


Um público disciplinado e atento
se faz presente
 


A juventude prestigia a noite cultural
 


Grupo Do Nosso Jeito se apresentado
 

Do Nosso Jeito


Barracas de serviços ao públco


A juventude prestigia a noite cultural


Jovens assistem as apresentações culturais
acomodados em suas bicicletas


O público se diverte bastante


Palco montado na via pública


O Presidente Raymeso comanda
a programação


Raymeson, o MC da Noite Cultural


Nossos artistas no palco


DJ's animandores da festa

Resitência Urbana se preparando
para sua apresentação


Banda Resistência Urbana


Ariel e Titia Mary, membros
do Porto Diversidade


sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

I CORRIDA DE SALTO ALTO LGBT

Confira as imagens do momento irreverente do Dia Mundial de Luta e Combate à AIDS, a I Corrida de Salto Alto, realizada na Zona Leste, em Porto Velho:

Performance de Beatriz, Miss
Cidadanaia LGBT

Sara Bleckson, Coordenadora das
travestis na Zona Leste

Flagrante: militante vestindo a camisa daSanto Antônio Energia

A família da Zona Leste prestigiou a corrida

Detalhe:
Titia Mary reforçando o salto


Concorretes reunidos na concentração,
 momentos antes da largada


Larga da primeira bateria

Disputa da primeira bateria


Salto reforçado para corrida

Ativitas LGBT da Zona Leste

A comunidade da Zona Leste prestigiou o evento

O Presidente do Porto Diversidade,
Raymeson

A juventude presente

Atletas LGBT fazendo últimos acertos
antes da prova

Equipe FINCA prestando serviço
à comunidade da ZL


DJ's da Zona Leste animaram
o certame


A Equipe FINCA em ação

A família se fez presente

Jovens da Zona Leste, suas presenças
dizem não ao preconceito

Alunos da rede pública
da Zona Leste

Ativitas LGBT e a comunidade da Zona Leste:
a comunhão entre os diferentes
 

PT DE GUAJARÁ-MIRIM PARTICIPA DE ENCONTRO POLÍTICO COM EVO MORALES

Profa. Lília Ferreira, Presidente PT/GM O Presidente da Direção Regional do Movimiento al Socialismo - Instrumento Político por la Soberanía...