sábado, 13 de fevereiro de 2021

BLOCO DAS PIRANHAS, 35 ANOS DE CARNAVAL E ALEGRIA

Carnaval 2013: Eder Cury, presidente do bloco;
Michel Chama, rainha do bloco em 2013
O Carnaval deste ano terá formato um tanto quanto diferente. A alegria momesca não estará nas ruas, nos salões de bailes e nem em passarelas de samba. Acontecerá em cada lar, em cada varanda, sala ou calçada da casa de apaixonados foliões, reunindo a família, recordando e revisitando imagens de grandes carnavais, ao ritmo de marchinhas, samba de enredo, axé e frevo. 2021 é ano de reinvenção do carnaval, afinal, se tem uma coisa que nós aprendemos ao longo desses últimos meses é que somos capazes de nos reinventarmos e de nos adaptarmos a toda e qualquer realidade.

Na Pérola do Mamoré, vale resgatar a história e a alegria contagiante da agremiação carnavalesca mais antiga da cidade, ainda em atividade, que ao longo de três décadas e meias arrastou dezenas, centenas e milhares de foliões brasileiros e bolivianos. Em 2021, o Bloco das Piranhas completa 35 anos de pura alegria e festa na fronteira deste majestoso rincão, se consagrando como o segundo bloco carnavalesco mais antigo do Estado de Rondônia, atrás apenas da Banda do Vai Quem Quer, cordão carnavalesco da capital rondoniense.

Para relembramos o grande Bloco das Piranhas, um patrimônio cultural imaterial da cidade, com perfil estético de folguedo popular, republico a seguir, um artigo já veiculado neste blog, em 13 de fevereiro de 2013, sob o título “PIRANHAS INVADEM AS RUAS DE GUAJARÁ:”

(do lado esquerdo) Té Pimenta,
vice-presidente do bloco
“O Bloco das Piranhas foi criado no ano de 1986, por um grupo de amigos que tinham por hábito curar a ressaca do carnaval no Restaurante da Marli Falcão, localizado na Rua D. Pedro II, Centro, já descambando lá pras bandas do Rio Mamoré, saboreando uma deliciosa moqueca de peixe. O restaurante não existe mais e sua proprietária, D. Marli, hoje mora no Município de Rio das Ostras. O que sobreviveu ao tempo foi o Bloco das Piranhas criado em seu restaurante.

Dentre os seus principais fundadores, figuram personagens populares da boemia de tempos atrás da Pérola do Mamoré, destacando-se, dentre eles, Eder Cury (Presidente do Bloco), Carlinhos Gordo, Bodó (primeira Rainha do Bloco), Cearazinho, Tanaca, Mário, Michel Chama (hoje Rainha do bloco) e Angel, primeira criança a desfilar no Bloco das Piranhas.

Foliões do bloco (foto cedida por Té Pimenta)
O nome da agremiação carnavalesca - Bloco das Piranhas - foi uma forma de render justa homenagem a um dos mais antigos blocos do município, que há muito tempo deixou de se apresentar no carnaval da cidade, denominado de “As Virgens do BN (Boca Negra), boêmica região da cidade em anos passados, local também apelidado de Bairro dos Namorados (BN).

Foliões do bloco (foto cedida por Té Pimenta)
Sem sombras de dúvidas, hoje o irreverente Bloco das Piranhas é símbolo máximo da folgança carnavalesca da Pérola do Mamoré e traduz a mais pura ideia de inclusão sociocultural, uma vez que para participar do bloco, basta travestir-se de mulher, com roupas da mãe, da irmã, das primas, da namorada, da amante ou de alguma amiga.

O bloco reúne em seu cordão momesco, marmanjos de todas as idades, de todos os credos, da direita e da esquerda política, do centro e da periferia, ricos e pobres, negros, brancos, índios, brasileiros e bolivianos. É o mais legítimo e democrático patrimônio cultural imaterial dos foliões de Guajará-Mirim.

Foliões do bloco (foto cedida por Té Pimenta)
Perpetuar este bem cultural depende apenas da alegria de todas. Da empolgação e participação de centenas e centenas de guajará-mirenses que no domingo e na terça-feira de carnaval, sorrateiramente invadem o guarda-roupa das mulheres e, vestidos mal-arrumados e abrutalhadamente femininos, seguem este popular cortejo do Rei Momo do Rio Mamoré, pulando tresloucadamente”.

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