No início da tarde desta quinta-feira, 7, a renuncia de Eduardo Cunha, Presidente da Câmara Federal de Deputados, judicialmente afastado do cargo, tomou conta dos noticiários de todo Brasil e das redes sociais.
O que aconteceu, para Cunha - assim de repente e
voluntariamente - renunciar ao Cargo de Presidente da Câmara dos Deputados?
Para Eduardo Cunha, a Presidência da Câmara foi sempre posição estratégica, de
onde derrubou, inclusive, uma presidenta legitimamente eleita. Para tal,
negociou com deuses das sombras, com o próprio diabo, vendeu e barganhou com
toda escória do submundo da política e da criminalidade de colarinho branco e
com empresários de grandes empreiteiras. Com a renúncia ‘espontânea’ de Cunha
só se pode concluir uma coisa: “há algo podre no Reino da Dinamarca”. Não
tenham dúvidas disto.
Sem medo
de errar, a renuncia foi acordada no Palácio do Jaburu, no último dia 27 de
junho, domingo, em encontro não agendado e no mínimo suspeito, para conversa
reservadíssima entre Temer (PMDB), o Presidente Golpista Interino e o Presidente
afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), envolvido até o caroço
do olho em diversos escândalos de corrupção e desvio de milhões de recursos públicos
e timoneiro do golpe que assentou Temer na Presidência da República.
O
mais tolo de todos os tolos entre eleitores e cidadãos sabem que a renuncia é
para salvar o mandato de Cunho e, com uma única bala de prata, arrancar o
Presidente Interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), inebriado
com o poder e titubeante na consolidação do golpe. Assim, com a renúncia de
Cunha, se convoca nova eleição para presidência da casa que, certamente será um
nome ungido e conduzido pelas legendas PMDB, DEM, PTB, PSDB, PP, PSD, PR, PPS e
PSB, o centrão de direita e de apoio a Temer e ao golpe parlamentar.
Os motivos? Consolidar o golpe e frear a Lava Jato de
Moro, o queridinho do PSDB e da imprensa golpista e, desta feita, salvar das
grades todos os parlamentares envolvidos em escândalos de corrupção (mas só os
da direita). Os políticos de esquerda, flagrados com a boca na botija, estes
continuam nas mãos de Moro.
E
tudo vai terminar em pizza, em uma grande festa onde só participam corruptos e
golpistas da ultra direitona, como bem definiu o Senador Lindbergh Farias
(PT-RJ): “Renúncia de Cunha tem cheiro de pizza e o cozinheiro responsável é
Michel Temer. A cena do crime está montada: Eduardo Cunha renuncia à
presidência da Câmara, mas mantém o mandato. Com isso, passa a articular a
candidatura do seu sucessor, que terá a missão de evitar a cassação do seu
chefe. Tudo isso com a conivência de PSDB e DEM e a regência do presidente
interino Michel Temer”, afirmou Lindbergh.
Só
um adendo à observação exata de Lindbergh: tudo dando certo, conforme planejado
em surdina dentro do Palácio do Jaburu, o passo seguinte é, então, consolidar o
golpe e derrotar a tenra democracia brasileira.
Sirva-se
pizza a todos (os golpistas e corruptos da direita, que fique bem claro). A
conferir.
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