sexta-feira, 8 de julho de 2016

RENÚNCIA DE CUNHA É JOGO DE CARTAS MARCADAS PARA SALVAR SUA PELE, CONSOLIDAR O GOLPE E FESTEJAR COM PIZZA



              
No início da tarde desta quinta-feira, 7, a renuncia de Eduardo Cunha, Presidente da Câmara Federal de Deputados, judicialmente afastado do cargo, tomou conta dos noticiários de todo Brasil e das redes sociais.

            O que aconteceu, para Cunha - assim de repente e voluntariamente - renunciar ao Cargo de Presidente da Câmara dos Deputados? Para Eduardo Cunha, a Presidência da Câmara foi sempre posição estratégica, de onde derrubou, inclusive, uma presidenta legitimamente eleita. Para tal, negociou com deuses das sombras, com o próprio diabo, vendeu e barganhou com toda escória do submundo da política e da criminalidade de colarinho branco e com empresários de grandes empreiteiras. Com a renúncia ‘espontânea’ de Cunha só se pode concluir uma coisa: “há algo podre no Reino da Dinamarca”. Não tenham dúvidas disto.

                Sem medo de errar, a renuncia foi acordada no Palácio do Jaburu, no último dia 27 de junho, domingo, em encontro não agendado e no mínimo suspeito, para conversa reservadíssima entre Temer (PMDB), o Presidente Golpista Interino e o Presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), envolvido até o caroço do olho em diversos escândalos de corrupção e desvio de milhões de recursos públicos e timoneiro do golpe que assentou Temer na Presidência da República.

                O mais tolo de todos os tolos entre eleitores e cidadãos sabem que a renuncia é para salvar o mandato de Cunho e, com uma única bala de prata, arrancar o Presidente Interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), inebriado com o poder e titubeante na consolidação do golpe. Assim, com a renúncia de Cunha, se convoca nova eleição para presidência da casa que, certamente será um nome ungido e conduzido pelas legendas PMDB, DEM, PTB, PSDB, PP, PSD, PR, PPS e PSB, o centrão de direita e de apoio a Temer e ao golpe parlamentar. 

            Os motivos? Consolidar o golpe e frear a Lava Jato de Moro, o queridinho do PSDB e da imprensa golpista e, desta feita, salvar das grades todos os parlamentares envolvidos em escândalos de corrupção (mas só os da direita). Os políticos de esquerda, flagrados com a boca na botija, estes continuam nas mãos de Moro.

E tudo vai terminar em pizza, em uma grande festa onde só participam corruptos e golpistas da ultra direitona, como bem definiu o Senador Lindbergh Farias (PT-RJ): “Renúncia de Cunha tem cheiro de pizza e o cozinheiro responsável é Michel Temer. A cena do crime está montada: Eduardo Cunha renuncia à presidência da Câmara, mas mantém o mandato. Com isso, passa a articular a candidatura do seu sucessor, que terá a missão de evitar a cassação do seu chefe. Tudo isso com a conivência de PSDB e DEM e a regência do presidente interino Michel Temer”, afirmou Lindbergh.

Só um adendo à observação exata de Lindbergh: tudo dando certo, conforme planejado em surdina dentro do Palácio do Jaburu, o passo seguinte é, então, consolidar o golpe e derrotar a tenra democracia brasileira.

Sirva-se pizza a todos (os golpistas e corruptos da direita, que fique bem claro). A conferir.

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