Iniciou nesta quarta-feira, 19 de
janeiro, com realização de grande procissão, a tradicionalíssima festa
religiosa em homenagem a São Sebastião, que acontece anualmente, há 22 anos, no
Beco do Macedo, Bairro são José, na cidade de Guajará-Mirim.
Na data dedicada a São Sebastião, 20 de janeiro, após novena, cantoria e muito foguetório,
por volta do meio dia foi servido farto almoço para todos os presentes. À noite
acontece o grande e concorrido baile de encerramento das festividades, ao som
do irresistível e sensual rasqueado, festa que vara a madrugada, indo até o dia
amanhecer. O rasqueado é um estilo de música e de dança regional do
centro-oeste brasileiro, mais precisamente da região metropolitana de Cuiabá
O MILAGRE
As obrigações e devoção de Francisco
Quintão ao santo protetor da humanidade, que combate a fome, a peste e a
guerra, tiveram início há 22 anos, quando o devoto Francisco, católico
praticante, foi acometido por uma enfermidade grave, que consumiu muito
rapidamente sua saúde.
Depois de recorrer a vários profissionais
da saúde, sem encontrar solução para seu problema, uma tia de Francisco
Quintão, a senhora Clecy Mercado Freitas, também devota de São Sebastião,
recorreu ao Santo protetor da humanidade, rogando-lhe um médico para operar seu
sobrinho e, em caso de cura, como forma de agradecimento, durante três anos a
família Quintão realizaria litanias no dia 20 de janeiro. As preces de Clecy
Mercado Freias foram atendidas. O médico Humberto Ferrel realizou com sucesso a
cirurgia de Francisco Mercado Quintão que, há mais de duas décadas, continua
agradecendo o milagre alcançado, realizando novena e festa em homenagem a São
Sebastião.
A FESTA POPULAR
A popular Festa de São Sebastião do
Beco do Macedo, realizada pela família Quintão, em Guajará-Mirim, hoje
transcende a promessa feita e o milagre alcançado por Francisco Mercado
Quintão, quando este jazia em leito. Os festejos e ladainhas em devoção a São
Sebastião do Beco do Macedo são grandes demonstrações coletivas da profunda fé
do guajaramirense, além de instrumento de perpetuação da tradição religiosa
local, um legítimo e singular patrimônio cultural imaterial da gente do Vale do
Mamoré.
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