As
fortes chuvas que caem nas regiões da Pérola do Mamoré e do Rio Beni (Bolívia),
tem elevando o nível do Rio Mamoré diariamente, em 10 centímetros, aproximadamente,
nos últimos sete dias, desalojando inúmeras famílias de suas residências,
particularmente os moradores dos bairros do Triângulo e Cristo Rei, em Guajará-Mirim.
Também
o Rio Lage, que corta a BR-425, entre os municípios de Guajará-Mirim e Nova
Mamoré, subiu seu nível substancialmente, invadindo trechos do asfalto,
dificultando ou impedindo o acesso dos moradores perolenses ao município
vizinho.
Av. Beira Rio, Centro, Guajará-Mirim, março de 2014 |
Como
se não bastasse interdições de trechos das rodovias federais 364 e 425, há mais
de um mês, em decorrência das cheias dos rios Madeira, Araras e Mamoré,
deixando as populações de Guajará-Mirim e Nova Mamoré isoladas, assim como,
desabastecida de gêneros alimentícios, medicamentos e combustíveis, também
impossibilitando o translado de passageiros e doentes por via terrestre, agora
a natureza resolveu também dificultar, mais ainda, a vida dos moradores de
Guajará, elevando os níveis dos Rios Araras e Mamoré, causando o alagamento de
estradas, ramais rurais e da região beira rio da cidade.
Soma-se
aos fenômenos da natureza, que tem acarretado inúmeros transtornos para o
cidadão guajaramirense, a pouca agilidade das autoridades dos poderes executivo
e legislativo perolenses, reconhecidos como autoridades pífias em seus respectivos
papeis. Inundações, desabastecimentos, desalojamentos, autoridades e organismos
públicos com resultados insuficientes, buracos, poeiras e uma grande quantidade
lixos e entulhos nas vias públicas da cidade, tem transformado a vida do cidadão
de Guajará-Mirim em um verdadeiro inferno.
Av. Princesa Isabel, Bairro Triângulo, Guajará-Mirim, 2014 |
Como
parte do problema enfrentado pela população é em decorrência de fenômenos da
natureza, parece que a única saída do cidadão é aguardar a própria natureza
resolvê-los. Esperar por uma solução das autoridades (in)competentes é pura
perda de tempo.
Como
já afirmei anteriormente, repetindo um velho ditado popular, o guajramirense
está, literalmente, com ‘a água batendo na bunda’ – e não é mais só figura de
linguagem. A hora é agora, o momento é este e a causa, periclitante, nos
empurra para ocuparmos ruas e praças, exigindo de nossas autoridades (algumas delas
pateticamente perdidas), soluções urgentes para o bem-estar e sobrevivência de
nossa população. Vamos nos somar e participar do movimento SOS Guajará, nossa
única tribuna para protestos.
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