terça-feira, 26 de maio de 2015

PERIGO HUMILHANTE DIRIGIR EM GUAJARÁ




Av. Mal. Deodoro, sub esquina com 10 de Abril
Guajará-Mirim vem acumulado, pelo menos nas duas últimas décadas, inúmeros problemas que dificultam a vida de todos os seus moradores. Trata-se de questões que fazem parte do cotidiano de qualquer prefeitura resolvê-los. Alguns problemas são da lida diária de qualquer secretária municipal de obra e serviços básico. Porém, um destes problemas é tão constante - e tudo leva a crer que insolúvel aqui na ‘Pérola’ do Mamoré - que passou a fazer parte, indissociável, da paisagem urbana da cidade.

Nos dias de hoje, é inimaginável andar pela cidade, seja a pé, de carro, de moto ou de bicicleta, sem se deparar com um deles em seu caminho. Ou melhor, com dezenas, com centenas e, pra ser mais exato, com milhares deles: o buraco! Acho que o buraco é a décima primeira praga do Egito que caiu aqui em Guajará. Só pode!

Se Carlos Drummond de Andrade tivesse conhecido Guajará-Mirim, não tenho dúvidas que um dos seus mais célebres poemas – No Meio do Caminho – seria assim: “No meio do caminho tinha um buraco/Tinha um buraco no meio do caminho/Tinha um buraco/No meio do caminho tinha um buraco” (...).

A vitima e sua motocicleta.
Para agravar ainda mais a vida do contribuinte perolense, inclusive expondo o cidadão a riscos extremos, São Pedro não tem economizado água. E o que é pior: a cidade não é dotada de galerias pluviais, exceto alguns metros instalados no centro histórico da cidade, construídos ainda nos primórdios da ocupação urbana daquela região. Pasmem todos, estes poucos metros lá existentes, há muito estão entupidos!



Hoje, no início da manhã, presenciei uma cena trágica, mas que se tornou corriqueira na cidade. Acontece a todos os momentos e, em especial, nas vias públicas que vão se distanciando do antigo centro comercial. Quanto mais longe da sede do executivo municipal e da região central, mais caótica e perigosa ficam as vias da cidade. O fato aconteceu na av. Marechal Deodoro, sub esquina com 10 de abril, bairro Serraria, próximo ao Maylla Park Hotel.

Av. Mal. Deodoro, sub esquina com 10 de Abril, Serraria
Ana Isabel, empresária, natural de Guajará-Mirim, proprietária de um comércio localizado na Av. XV de Novembro, dirigia-se para seu estabelecimento comercial no início da manhã desta terça-feira, 26, em uma motocicleta biz, cor preta, placa NDO 2079. Seguia pela av. Marechal Deodoro. A comerciante se deparou com um obstáculo que aqui na 'Pérola' do Mamoré é uma verdadeira peste epidêmica: o buraco. Lentamente Ana seguiu, buscando uma nesga de terra, uma faixa de chão plano para ultrapassar o obstáculo e o perigo iminente. Porém, na ‘Pérola’ do Mamoré, o buraco é traiçoeira, covarde, renitente, em número infinitamente maior e exímio capoeirista: derruba a todos, inclusive as damas, empresárias e fieis pagadoras de impostos.

Dirigir em Guajará é um perigo.
Ana Isabel sucumbiu, sem chances.  O impiedoso buraco tragou motocicleta e condutora. Do interior do carro eu acompanhava a cena, já antevendo o desfecho. Poderia inclusive ter registrado aquele momento humilhante, indigno e revoltante para qualquer cidadão desta cidade: a vítima caída na lama. Achei melhor poupá-la de humilhante enquadramento. Ana Isabel foi socorrida por moradores, que a recolheram do limo.

Olhos visivelmente marejados em lágrimas, com dores no punho, arranhões em uma das mãos, enlameada, indignada, porém com voz pausada e mansa, a vítima deu a seguinte declaração: “Dirigir em Guajará está horrível. Não há ruas em condições mínimas para se dirigir; só tem a XV de Novembro. Não é possível esperar nada deste governo. Eles não estão fazendo nada mesmo”.

É possível reverter o atual quadro de abandono deplorável no qual Guajará-Mirim se encontra. É necessário que cada um nós façamos a nossa parte. E uma delas é jamais perder a capacidade de se indignar. Entrar com uma ação contra a Prefeitura é outra atitude também possível. Talvez um caminho árduo e cansativo, porém necessário para enquadrar a autoridade e o ente público a cumprirem com o mínimo de seus papeis e funções para o quais foram eleitos pelo povo ou nomeados para tal.

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