Palácio Pérola do Mamoré: bolo alegórico |
O
município foi criado em 12 de julho de 1928, por força da Lei nº 991, sendo sua
instalação política realizada na manhã do dia 10 de abril de 1929, ocasião em
que foi dada posse ao primeiro Intendente (prefeito), o comerciante Manoel
Boucinhas de Menezes.
Praça Barão do Rio Branco: mato e lixo |
A natureza
exuberante, as manifestações culturais populares, os eventos religiosos e a
arquitetura histórica da cidade compõem um formidável e delicado acervo,
constantemente ameaçado de desaparecimento, particularmente os exemplares do
campo material, por conta das atitudes arbitrárias de analfabetos estéticos, das
intervenções modistas de ‘ultima hora’ acrescentada na arquitetura e na
paisagem urbanística do início do século XX e, sobre tudo, em razão do descaso
e desmando das autoridades de ‘plantão’ que ocupam o Palácio Pérola do Mamoré, quase
sempre insensíveis para com a história e memória local.
Praça Barão do Rio Branco: oblísco |
No
que se refere aos espaços públicos de uso coletivo, alguns datados das
primeiras décadas do século passado - a exemplo citamos as praças Dr. Mário
Corrêia e Barão do Rio Branco, este ano se quer foram limpas. Não mereceram nem
o “velho e cansado” cal branco no meio-fio. O descaso e abandono imperam. A
Praça dos Pioneiros (que contém a centenária Estação da EFMM) só passou por
roço na véspera do dia 10, muito provavelmente porque lá será realizado um
evento musical.
Av. Costa Marques, centro histórico de Guajará-Mirim |
As
avenidas que cortam o centro histórico da Pérola do Mamoré são dotadas de
canteiros centrais. Da mesma forma que as praças, os canteiros não receberam o
mínimo de tratamento e limpeza apresentável, preparando, desta feita, a cidade
para importante evento. O mato, o lixo e entulhos tomam conta destes espaços.
Praça Gov. Jorge Teixeira, enfrente à Prefeitura |
Praça Dois Amigos, bairro 10 de Abril |
Poderia
me alongar, relatando aqui a situação deplorável das estruturas físicas das
escolas municipais; das ruas castigadas por buracos, tomadas pelo mato e lama,
durante a estação chuvosa e, no período de verão, assoladas pela poeira
sufocante. À noite, predomina a escuridão total em muitas delas. A situação é
mais agravante nos bairros populares e distanciados da região central da cidade,
como por exemplo: Jardim das Esmeraldas, Próspero, N. S. de Fátima, Santa
Luzia, Planalto, Cristo Rei e Triângulo (sendo os dois últimos, ainda que
localizados na região central da urbe mamorense, são áreas sucessivamente
castigadas pela ausência continuada da atitude pública).
Centro histórico de Guajará-Mirim |
Não
seria ético debitar este cenário funesto somente na conta do atual mandatário
do Palácio Pérola do Mamoré que, aliás, herdou uma prefeitura-abacaxi para
gerenciar. Durante as duas últimas décadas, Guajará-Mirim vem sendo
seguidamente negligenciada pelas autoridades que ocupam o cargo máximo do
município. Foram gestões que produziram pífios resultados para cidade e sua
gente.
Parque Circuito Soldado da Borracha |
Apesar
de tudo, parabéns Guajará-Mirim, por sua extraordinária história cravada neste
rincão. Parabéns por sua forte cultura e peculiar arte! Parabéns por sua
natureza monumental!Parabéns ao povo perolense, por sobreviver a mais um ano,
aos trancos e barrancos!
Ps:
as fotos que ilustram este artigo, foram tiradas nos dias 8 e 9 de abril.
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