Geremias Pantoja (Gereka), pitando uma alegoria |
Nomes renomados como Geremias Pantoja (o Gereka), pintor de alegorias (ou ‘pistolador’, em linguagem de barracão); Nildo Souza, escultor em ferro; Claudenor Alfaia (Nonoca), escultor em isopor; Luciano dos Santos, especialista em solda, e Marcos Falcão, Breno Tavares e Aldrin Peres, professores de coreografia, são exemplos de profissionais que vem realizando seus trabalhos nos barracões de alegorias, fantasias e em quadras e salas de ensaios utilizadas pelo bumbá de Dona Georgina.
A trupe de artistas vinda da Ilha de Tupinambarana, aqui comandada por Ednart Gomes, se confessou muito preocupada com o esquema de segurança para o Festival, frágil, de tal forma, que alegorias, artistas, brincantes e o grande público que se fará presente, sorvidos pelo evento, correm risco iminente. Claudenor Alfaia, artista que já prestou seus serviços em escolas de samba do Rio de Janeiro e São Paulo, lembra que em Parintins “a disputa é estética e sempre no plano da ética e do total respeito para com o contrário, seus artistas e objetos de arte”.
Claudenor Alfaia (Nonoca), escultor em isopor |
Ednart Gomes, coordenador do barracão de alegorias, artista que atua também no Arraial Flor do Maracujá e no carnaval de Porto Velho, onde já conquistou títulos pela Escola de Samba Os Diplomatas, se diz prejudicado em seu trabalho realizado aqui em Rondônia, com a prática deste tipo de crime.
Em 2010, por exemplo, as alegorias construídas por Ednart e sua equipe foram seriamente danificadas na concentração da Passarela do Samba de Porto Velho, por dois indivíduos não identificados, que conduziam um veículo em alta velocidade e atingiram, propositalmente, os três carros alegóricos da escola, fugindo em seguida.
Este ano, o título que foi conquistado por Ednart Gomes no Carnaval de 2011, também pela Escola de Samba Os Diplomatas, acaba de ser confiscado pela co-irmã Asfaltão, que alega parcialidade no julgamento por parte do copo de jurados. “Nosso trabalho tem que ser respeitado. Ganhar no tapetão ou prejudicar o trabalho da gente com atitudes terroristas não vale”, diz o artista.
Esterlina Morães, Vice-Presidente do Flor do Campo afirma que sua agremiação está adotando medidas de segurança que possibilitem proteger os artistas, brincantes, torcedores e amantes dos bumbás de Guajará-Mirim, e que a apresentação de hoje será, certamente, uma das melhores exibições dos últimos anos, realizada pelo boi que representa o Bairro Tamamdaré.
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