LENHA NA FOGUEIRA
Sílvio Santos, o levantador de toadas |
Não sou muito de me meter em política, porém, ao assistir os programas dos partidos, vinculados nos meios de comunicação, ainda não tive a oportunidade de ouvir, ver ou ler os candidatos a governador, pelo menos, se referirem lá pelas entre linhas, sobre suas plataformas para o seguimento da cultura e arte.
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Isso nos preocupa, porque o setor cultural é o mais carentes de ação em nosso estado.
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É preciso que a cultura seja incluída como programa de governo e não como programa do governador de plantão.
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Essa falta de responsabilidade ficou clara este ano, quando da realização do Arraial Flor do Maracujá.
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Um evento que completou 29 anos sendo realizado, não consta do orçamento do governo, ou seja, não é tratado como programa de governo.
Capela do antigo Hopital São José |
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Cada governador que assume ou que está no palácio, é quem diz quanto vai investir no Arraial e o resultado, foi que, em conseqüência dessa falta de compromisso para com nossa cultura, os grupos folclóricos sofreram e estão sofrendo para sanar seus compromisso financeiros, que foram assumidos para promover o nome do governo estadual.
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Aliás, apesar de se divulgar que o orçamento da Secel para 2010 ultrapassa R$ 10 Milhões, há de se convir que esse montante é dividido entre a Cultura o Esporte e o Lazer.
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O que quer dizer, que se a partilha fosse em partes iguais não chegaria a R$ 3,5 Milhões para cada um.
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E assim nossa cultura vai ficando à míngua.
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O estado não tem nenhuma ação cultural de grande vulto, há não ser o Flor do Maracujá que é muito pouco para uma unidade que conta com 52 municípios.
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O que vemos são os candidatos dizendo que vão investir em Segurança, Educação e Saúde.
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Cultura e esporte ninguém fala.
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O grupo que está atualmente no governo, acha que investir em segurança é construir presídio.
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E então se deixa levar pela conversa do governo federal e transforma Rondônia em abrigo dos mais perigosos marginais brasileiros, ao concordar com a construção dos presídios de segurança máxima.
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E ainda vai pra televisão se gabar do “grande” feito: “Conseguimos junto ao governo federal a construção de mais um presídio de segurança máxima”.
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Segurança é investir em cultura, dando condições aos jovens a produzirem peças teatrais, música, artesanato, dança.
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Segurança é investir no ensino técnico onde o jovem vai aprender uma profissão digna.
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Segurança é investir na valorização do professor e todos os técnicos em educação.
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Segurança é investir na saúde preventiva.
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Segurança é valorizar o ser humano dando-lhes condições de uma vida melhor.*******
Segurança é investir na geração de emprego e renda.
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Segurança é respeitar nosso patrimônio material e imaterial.
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Segurança é investir maciçamente na cultura.
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Semana passada, passei visitando os distritos existentes no baixo Madeira.
Primeira sede da Câmara de Vereadores |
São Carlos, Nazaré e Calama.
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Constatei que nessas localidades não existe nenhuma ação cultural sendo desenvolvida pelo governo estadual ou governo municipal.
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A juventude residente nessas localidades está entregue a própria sorte.
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Sorte que vimos em Nazaré à única localidade onde a Cultura é prioridade.
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Prioridade dos seus habitantes porque o apoio recebido dos governos é mínimo.
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Os Meninos de Nazaré estão produzindo seus bio-instrumentos, embaixo de um barraco cuja medida no máximo chega a 4 X 3 é um barraquinho de nada!
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Aí o conforto vem através dos convites para eles se apresentarem em Porto Velho, em Brasília e outras cidades.
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Além de Nazaré o que estão fazendo em prol do desenvolvimento cultural de São Carlos, Calama, Cuniã, Terra Caída, Boa Hora, Cujubim Grande, Aliança e todas as localidade do baixo Madeira?
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Ao longo da BR 364 o negócio melhora um pouco, graças à ação de alguns prefeitos como é o caso de Ariquemes, Ji Paraná onde realmente existem ações culturais, tímidas, mas, existem.
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É por isso que venho questionando nessa coluna, sobre os projetos culturais dos candidatos ao governo de Rondônia.
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Cultura tem que ser Projeto de Governo e não de governador
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