Em
novembro passado a população de Guajará-Mirim, como em todo Brasil, foi às
urnas para eleger prefeito. Naquele pleito, disputavam o cargo de prefeito, em
uma peleja feroz, de combate mútuo e com sangue no olho: Antônio Bento, Rodrigo
Nogueira e Gerson Maia. O vencedor não tomou posse em razão conhecida por todos.
No
próximo dia 2 de abril Guajará voltará às urnas, em eleição suplementar.
Antônio Bento, Rodrigo Nogueira e Gerson Maia, há pouquíssimo tempo adversários
políticos desde tenra idade, inconciliáveis, agora, milagrosamente unidos e
irmanados carnal, espiritual e politicamente – tipo assim: farinha do mesmo
saco e banana do mesmo cacho – ocupam o mesmo palanque, buscam os mesmos votos
e constroem o mesmo projeto político percorrendo as ruas da Pérola do Mamoré,
frenética e incansavelmente (nem tanto Antônio Bento), para eleger o atual
prefeito que provisoriamente ocupa o cargo máximo do Palácio Pérola do Mamoré.
Para
ficar na palavra da moda - que hoje define os acordos políticos firmados no
planalto central para governar o Brasil –, e assim definir a plástica da
campanha perolense suplementar, usarei um termo cunhado por Romero Jucá, ao
definir as bases dos acordos vantajosos e a partilha do poder político central,
em benefício de todos os salafrários envolvidos com o Projeto “Uma Ponte Para o
Futuro”, que nos conduziu ao golpe jurídico-parlamenta-midiátio: SURUBA.
Não
é possível definir as costuras firmadas pelos grupos políticos que
interinamente conduzem o município, a partir de distribuição de cargos e divisão
de secretarias com os ‘parça’ da hora – grupos que há pouco tempo eram
adversários viscerais -, senão como um acordo político que traduz a mais
verdadeira e promíscua suruba de loteamento do poder político municipal.
E o
eleitor, suas necessidades, desejos e sonhos como ficam? Nesta suruba eleitoral
perolense cabe ao eleitor pouco exigente entrar com o cu, desprovido de
camisinha, munido apenas de cuspe e um saquinho de areia, para uma polvilhada
básica em seu próprio frogoió, pro voto entrar macio.
E
assim, com esta campanha eleitoral suplementar de conchavos promíscuos,
declaramos inaugurada a República da Suruba da Pérola do Mamoré.
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