segunda-feira, 30 de março de 2015

CHAVES E SEU MADRUDA: A POLÊMICA SOBRE OS ARTISTAS AUTORES



Irmãos Kbral e Ednart Gomes (à direita, escultura do Chaves)
As esculturas instaladas no último dia 27, sexta-feira, em frente ao Hotel Acapulco, retratando as populares personagens Chaves (Roberto Gómez Bolaños) e seu Madruga (Ramón Valdés), símbolos máximos da produção infantil da televisiva mexicana, que conquistou a criançada e ganhou mundo, tem causado furor, estranhamento e fissuras entre o público amante das obras artísticas de Ednart e Kbral Gomes, e os contrários a tudo de bom que acontece aqui em terras da República Mamorense.

A queda de braço ganhou as redes sociais, legítimo cenário de uma guerra pós-moderna, onde os fãs dos artistas e irmãos biológicos Ednart e Kbral Gomes realizam ferozes e sangrentas defesas e ataques virtuais (sem hackers), sobre a autoria das obras instaladas no passeio pública da Avenida XV de Novembro, atribuindo o trabalho de arte lá exposto, aos irmãos jurutinenses que há décadas residem no município de Guajará-Mirim.

Estrutura em ferro da escultura do Seu Madruga
Do outro lado do front de batalha, segundo os artistas beradeiros e seu fã clube - que mais se assemelha a um agrupamento de brevíssimos índios guerreiros -, estão os incrédulos, os que são contra tudo e todos aqueles que fazem ou torcem pelo sucesso de Guajará-Mirim e pelo seu inventivo povo.

Ednart e Kabral também afirmam: “trata-se de uma agente que defende a máxima de que “santo de casa não faz milagres”, preferindo atribuir o trabalho artístico realizado por nós, a um autor que ninguém viu ou ouviu falar; que não tem nome RG, CPF e endereço”; que esteve na cidade e que já foi embora. Em resumo, é a legião dos pessimistas, dos que defendem a “pedagogia do auto-ódio”: ama tudo que vem de fora (inclusive merda), e odeia tudo de bom e fantástico que é realizado aqui (inclusive as obras de artes e seus artistas).

Da tropa dos contrários e pessimistas de plantão, segundo fontes seguras, destaca-se o alcalde perolense, que esteve na churrascaria e declarou não ter gostado do objeto de arte. “É provável que nosso alcalde acostumou-se com a plástica do horroroso, haja vista as péssimas condições urbanísticas e a estética desagradável de nossa Pérola do Mamoré, cidade que tem como mandatário um dublê de artista plástico desavisado”, declarou Ednart Gomes. Todavia, vele lembrar que as dissecações estéticas são juízos de valores, do plano subjetivo e pessoal.

Victor Gabriel, fã do Chaves
O trabalho artístico produzido pelos irmãos Gomes é uma encomenda do empresário e proprietário da Churrascaria e Hotel Quinzão (rebatizado de Hotel Acapulco), Marcelo Zaramella, que confiou aos artistas - mamorenses de coração - as esculturas lá expostas.

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