Pegando o mototáxi em Guayaramerín, Beni, Bolívia |
Depois
que voltei a morar na Pérola do Mamoré - minha terra natal - tenho ido com mais
frequência passear na cidade de Guayaramerín,
Bolívia. Lá procuro fazer o que 99% dos turistas, visitantes e sacoleiros não
fazem, que é conhecer e usufruir daquilo que há de mais interessante e
delicioso na cidade irmã da Pérola do Mamoré, qual seja: sua gente e sua
cultura.
Centro comercial de Guayaramerín |
Para
quem quer comprar ou consumir qualquer produto, verdadeiramente boliviano,
capaz de traduzir o espírito e a alma da Bolívia e de seu povo, neste caso, os
caminhos são outros e não passam, necessariamente, pela Calle Federico Román, via
de fluxo comercial intenso de Guayaramerín,
onde está sediada a maioria das lojas que vendem todo tipo produtos e quinquilharias
(quase sempre falsificadas), importadas da China.
Bar Veintiocho |
Ciceroneados
pela Professora Lilian, começamos o passeio tomando algumas cervejas parcenãs no Bar Veintiocho, localizado na Calle
Sucre, subesquina com Calle Oscar Ú
de La Vega. E enquanto degustávamos um dos melhores produtos genuinamente
boliviano – a cerveja parcenã – e falávamos
sobre diversos assuntos e sobre algumas pessoas de feitos maravilhosos – e de
outras gentinhas de procedência e
postura ordinárias - também escutávamos uma banda musical, afinada, tocando cancioneiros
bolivianos, ali bem próximo. Depois de algumas cervejas, já encorajada, a
Professora Lilian resolveu tirar a limpo onde acontecia tal festa.
Ao voltar,
nossa espiã deu poucas informações, como é do perfil dos agentes secretos. Continuamos
a beber parcenãs. Depois de uma
dúzia, já muy borracha, nossa
cicerone nos intimou a comparecermos na festa dos hermanos, pessoas que se quer conhecíamos.
‘De
penetra’, fomos nos chegando, com a maior cara de pau, e nos abancando na festa
alheia. O fato é que fomos todos muito bem recebidos pelo anfitrião, sua
família e amigos. A bandinha que animava a festa, em homenagem aos ‘penetras,
logo passou a tocar samba da melhor qualidade. E aí foi tudo festa.
L. direito: Engo. Luiz Pabro. L. Esquerdo: seu pai |
E
assim vou descortinando e conhecendo a verdadeira cidade de Guayaramerín, reconhecendo
sua gente, compreendendo o multiculturalismo deste povo e experimentando os
seus mais genuínos costumes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário