|
Ariel Argobe |
No final da tarde desta última quinta-feira, 14, aceitei
convite da Secretária da SERCA da UNIR de Guajará-Mirim, companheira Marnízia,
cabocla mamorense de finíssimo trato, defensora e praticante das tradições e
dos costumes amazônicos. Marnízia me chamou para colher tucumã no pasto da fazenda
de uma tradicional família guajaramirense. A fazenda fica colada ao terreno do Campus da
UNIR de Guajará.
O convite me fez remoçar boas épocas da infância, vivida no
Bairro do Tamandaré. Era costume das famílias simples daquela região da cidade,
nas primeiras horas da tarde de domingo, enveredarem pela ‘mata do Russo’,
localizada por detrás do 6º BIS, para colher tucumã.
|
Marnízia |
Naquela mata abundava centenas de palmeiras,
com fartos cachos carregados da fruta. Íamos com a vizinha Paxiúba, uma velha
índia que conhecia muito bem a região e todos os caminhos que levavam aos
melhores pés de tucumã. Voltávamos com sacolas e sacos cheios da fruta.
Sentávamos todos no terreiro da casa de Dona Paxiúba. Preparava-se
um bom café preto, servido bem quentinho a todos. No centro da roda uma cuia
cheia de farinha d’água, daquela bem caroçuda. Uma faquinha na mão e pronto:
era uma tarde deliciosa, regada a tucumã, café preto, farinha d’água e muita
prosa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário