Grito dos Excluídos em Guajará-Mirim |
O
Grito dos Excluídos que aconteceu em Guajará-Mirim, durante o desfile cívico do
7 de setembro, não era para ser daquela forma. Foi uma grande decepção para
alguns que esperavam e torciam por arruaceiros mascarados e vândalos quebrando
e botando fogo em tudo que encontrasse pela frente.
Porém,
não foi este cenário de guerra que a população presente assistiu. Bem organizada,
a marcha do Grito dos Excluídos entrou na cabeceira da pista de desfile serena,
convicta e consciente do seu papel: protestar em defesa uma cidade melhor.
Bravos
guajaramirenses, em sua grande maioria adolescente e estudante, ostentavam em
faixas e cartazes um grito liberto do fundo do peito, pedindo justiça social, justiça
para os mais necessitados, exigindo um Brasil melhor, uma Guajará mais justa,
transparente e humana.
A
população presente, surpresa, aplaudia, vibrava e acenava, fazendo sinal de
positivo aos manifestantes que empunhavam mensagens em defesa da saúde, da
educação, da cultura, da cidadania, da reforma política, da juventude, dentre
tantos outros temas.
Porém,
fechando o Grito dos Excluídos, ostentada por militantes do Partido dos
Trabalhadores, eis que entra a ‘Faixa Vermelha’. Como uma grande diva quando
pisa no palco iluminado, encantando seu público e fãs, a ‘Faixa Vermelha’ entrou
na Av. XV de Novembro irradiando esperança, expandindo luz e deixando perplexo
o público presente.
Sua
mensagem parecia falar aquilo que todos sentem e querem gritar, em forma de
desabafo, para o mundo inteiro ouvir, mas tem medo das possíveis retaliações. Enquanto
a faixa avançava pela passarela do desfile, o público invadia a pista para
fotografar, para filmar, para aplaudir a mensagem.
E
assim, o que se esperava como uma manifestação de baderneiros, arruaceiros e
bandidos mascarados, ao contrário, o Grito dos Excluídos da Pérola do Mamoré invadiu a avenida e inundou corações e
mentes, pacificamente, com uma mensagem de esperança: É POSSÍVEL UM MUNDO MELHOR.
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