sexta-feira, 13 de outubro de 2017

O DESCASO DO PODER PÚBLICO COM O LAZER, A RECREAÇÃO E A VIDA DO POVO EM GUAJARÁ

Guajará-Mirim esbanja potencial para práticas de atividades turísticas, de lazer e recreação. Atrações naturais inexploradas existem por todos os lados da imensidão territorial perolense, a espera de investimentos públicos e privados.

Praia do Acácio, CBM se preparando para resgate de corpo (foto internet)
Na região urbana da cidade, dentre as poucas e populares atrações turísticas naturais possíveis e em precárias condições de uso, destacam-se a praia do Acácio e a Serra dos Parecis, os balneários do Estrelinha, do Palheta, dentre outros tantos privados e de preços populares. Não coincidentemente, tais opções ficam localizadas na região urbana da tupiniquim city, o que facilita o acesso dos desprovidos de tudo.

Localizas próximas de todos, a Praia do Acácio e a Serra dos Parecis – espaços públicos - recebem considerável contingente da população local, em sua grande maioria, pessoas simples, vindas dos bairros populares da aldeia mamorense: bolivianos, descendentes de bolivianos, negros, índios, periféricos, dentre outros. A praia do Acácio e a Serra dos Parecis acolhem nos finais de semanas, sobretudo, a base da pirâmide social da urbe perolense, onde a mesma desfruta de lazer e recreação turística natural, popular e gratuita.

Praia do Acácio (imagem da internet)
Contudo, tanto a praia do Acácio, quanto a Serra dos Parecis, locais de considerável aglomeração popular nos finais de semana ensolarados, são completamente desprovidos de investimentos e serviços públicos que possam garantir minimamente a segurança e a vida da dona de casa e do chefe de família que buscam citados espaços, acompanhados de seus familiares, para lazer e recreação.

O mínimo de investimento do executivo municipal, da PM, do Corpo de Bombeiros Militar e da Polícia Ambiental na praia do Acácio e na Serra dos Parecis, ao menos nos finais de semana, já facilitaria a vida da população carente, que desfrutam destes espaços públicos para o entretenimento famliar.

Quais sejam:

Praia do Acácio: abertura de acesso e/ou desobstrução de caminhos e ruas já existentes, que dão à praia, com remoção do lixo, roço da vegetação, construção de escadas e rampas provisórias e em madeira, dotadas de corrimão para acesso de idosos, portadores de necessidades especiais e cadeirantes; instalação de lixeiras públicas para coleta do lixo; sinalização dos espaços permitidos e/ou proibidos e perigosos aos banhistas; sinalização dos locais permitidos às embarcações na extensão da praia; instalação de Posto Salva-vidas para uso do Corpo de Bombeiro Militar, em parceria com a PM, Polícia Ambiental e equipe da Secretaria Municipal de Turismo, para segurança, orientação e reeducação dos banhistas; patrulhamento militar constante nos finais de semana.

CBM removendo corpo na Serra dos Parecis (imagem internet)
Serra dos Parecis: recuperação da estrada que leva ao topo da serra; instalação de lixeiras públicas para coleta de lixo; sinalização das áreas permitidas e/ou proibidas e perigosos aos turistas e visitantes; construção de escadas e rampas para acesso aos pontos elevados e de contemplação da natureza, dotados de corrimão, possibilitando acesso, passeio e permanência com total segurança ao mirante do paredão; construção de guard rail limite no mirrante do paredão; instalação de um CAD (centro de atendimento ao turista), de múltiplo uso, para abrigar equipe multidisciplinar (prefeitura, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Ambiental e PM), para orientação e segurança de turistas e visitantes.

CBM se preparando para resgate de corpo (imagem da intenet)
É momento das autoridades e instituições púbicas se voltarem para segurança da população mais carente e necessitada de lazer, de atividade turística e recreação. A autoridade e as instituições públicas pertinentes devem proteger nossa gente simples, da mesma forma que cuida da segurança e da fiscalização das casas noturnas, dos bares e boates da cidade, dos eventos culturais e shows de grande porte, realizados por produtores da indústria cultural e associações culturais populares de nossa cidade, ocasião em que se exige o cumprimento de todas as normas e procedimentos de segurança, além de pagamentos de altíssimas taxas das mais variadas ordens e autorizações eventuais diversas; assinaturas de TAC’s junto ao Ministério Público, sob pena de fechamento e/ou cancelamento do evento, em nome da segurança e garantia da vida de todos os presentes PAGANTES.

O que está faltando?

Falta a população exigir o mínimo de segurança nos espaços públicos da polis tupiniquim beradeira. Não é mais possível a participação e a intervenção de nossas autoridades, do Corpo de Bombeiros Militar e da PM, nos locais onde a população pobre se diverte com sua família, apenas para recolher os corpos de nossos jovens, debitando exclusivamente na impudência das vítimas, a responsabilidade da tragédia consumada.

Ariel Argobe. Funcionário público da Fundação Universidade Federal de Rondônia, Campus de Guajará-Mirim, artista plástico, carnavalesco e blogueiro.

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