sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

UMA PITADINHA DE FUNGÊNCIO NA NOSSA COXINHA

Após anuncio da morte do líder da Revolução Cubana Fidel Castro, em Havana, na noite de 25 de novembro de 2016, aos 90 anos, as redes sociais virilizaram milhões de informações sobre o feito de Fidel, sobre Cuba e seu povo, por vezes postadas por admiradores e defensores da ilha pós-Fidel, ora divulgadas por contrários e críticos ferrenhos ao comandante e aos ideais socialistas.

Neste clima, de defesas e acusações apaixonadas fiz minhas postagens, contribuindo com o debate democrático nas redes. Dentre tantas, divulguei um meme que tem circulado com frequência nas redes sociais que, de um lado denuncia as 136.288 mortes de opositores e criminosos do regime comunista cubano, ocorridas entre os anos de 1959 a 2014 e, de outro lado compara os números cubanos com os 154 homicídios, em média, que acontecem no Brasil, por dia.

Foi o suficiente para uma longa discussão virtual, que está rolando até agora nas redes sociais, com postagem e comentários enfurecidos, revoltados, apaixonados, românticos e idealizados, de ambos os lados. Pra mim, sem problema algum, enquanto o debate acontecer no plano das ideias, em parâmetros democráticos, republicano e respeitoso.

Manifestantes pró impeachment 
Depois de algum tempo, ao se esgotarem argumentos lógicos e palpáveis de um lado do debate (tudo indica), passou-se, então, à agressão pessoal: “Kkkkkk que discurso mais idiota”; “Ele esta bêbado eu acho” (sic).

Então não posso pensar diferente? Se assim o fizer, trata-se de um “discurso idiota”? Não posso acreditar em um regime socialista e, menos ainda, fazer sua defesa, sob risco de ser acusado de alcoólatra?

Os críticos de Cuba e da Revolução Cubana, histericamente ostentam o número de mortos do período de tomada do poder e consolidação do atual regime, denunciando as 'atrocidades' de Fidel e, não raro, o fazem de forma agressiva e arrogante, agridindo seus interlocutores nas redes sociais, por não admitirem posicionamento contrário.

Me pergunto: se a discussão fosse travada em espaço presencial, será que eu estaria vivo? Quem já não leu notícias, inclusive nas redes sociais, de pessoas que foram humilhadas e agredidas física e psicologicamente, pelo simples fato de transitarem em via pública com vestes vermelhas?

Manifestante pró impeachment 
Acusam o regime cubano de ditatorial, violento e assassino, porém, há pouquíssimo tempo atrás, milhões de brasileiros – estes mesmos que acusam o regime da ilha - foram às ruas, pedir o retorno da ditadura militar. Alguns, os mais exaltados, ostentavam cartazes, pedindo a morte dos 'esquerdopatas'.

Contudo, para estes, o assassino sanguinolento é Fidel. O mostro, o bandido, o crápula é o outro, é aquele que pensa e defende o excluído, o diferente; o que ousa discursar em favor de um regime comunista, socialista ou progressista. Este é o bandido perigoso.

A média de 154 homicídios que ocorrem diariamente no Brasil são apenas lamentáveis estatísticas que não vem ao caso. Não interessa levantar os números e fazer a discussão das causas. Certamente os que morreram – negros, pobres, putas e analfabetos – não se esforçaram para viver ou vencer.

Não há dúvidas que a Cuba do período Fungêncio Batista pensava assim também, de forma coxesca, o que levou à Revolução Cubana. Tudo leva a crer que há um 'tiquinho' de Fugêncio Batista em cada coxinha brasileira, em cada adorador do pato amarelo de plástico, em cada manifestante que compõe a legião de golpista vestida com a camisa da CBF.

'Hasta la victoria siempre'.





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