segunda-feira, 25 de julho de 2011

CHICÃO VISITA BARRACÕES DOS BUMBÁS EM GUAJARÁ

O artista Ednart Gomes explica ao Secretário Chicão a
 proposta das alegorias. Ao fundo, Estelina Moraes,
Presidente do Flor do Campo.


Uma equipe de técnicos da SECEL, capitaneada pelo titular da pasta Francisco Leilson (Chicão), passou este último final de semana na cidade de Guajará-Mirim, dias 23, 24 e 25 de julho, acompanhando os trabalhos de produção de fantasias, alegorias, adereços e cenários, construídos nos barracões dos bois-bumbás Malhadinho e Flor do Campo, itens para serem utilizados durante a apresentação de cada bumbá, na VXII edição do Duelo da Fronteira.

O Secretário Chicão se reuniu, separadamente, com as Diretorias de cada boi-bumbá e com o Secretário Municipal de Cultura e Turismo Dayan Saldanha, para tratar e conhecer o andamento da produção dos espetáculos dos bumbás que protagonizam o Festival Folclórico da Pérola do Mamoré. Em seguida, a equipe cultural da SECEL peregrinou pelos barracões, conversando com artistas, artesãos, colaboradores e a comunidade, para conhecer melhor os bastidores do Festival, e conferir, bem de perto, como estão sendo utilizados os recursos públicos destinados para produção do evento.

Solane recebe equipe da SECEL em
seu Ateliê de fantasias
Na oportunidade, o Secretário Chicão, que ficou satisfeito com o que acompanhou e viu, deixou claro o compromisso do atual Governo com a cultura popular, especialmente, com o Festival Folclórico de Guajará-Mirim, tendo em vista a importância do evento para a economia da cidade, para geração de ocupação e renda, para juventude e para consolidação de uma identidade cultural local.

A Presidente do Boi-Bumbá Flor do Campo, Estelina Moraes, e o Chefe da Equipe de Artistas do Barracão de Alegorias, Ednart Gomes receberam a equipe cultural da SECEL, agradecendo e destacando para Secretário a relevância da visita oficial, uma vez que possibilita a autoridade conferir, in loco, as condições precárias onde trabalham os profissionais dos agrupamentos culturais, desprovidos de barracões e estruturas apropriadas para execução e, após o festival, o armazenamento de tão grandes e importantes alegorias, o que possibilitaria, de forma ecologicamente responsável, reciclar e reaproveitar melhor o material empregado na confecção de todos estes objetos artísticos.
Estelina Moraes e Chichão visitam o Ateliê de fantasias e adreços da Rosy

quinta-feira, 21 de julho de 2011

ASSOCIAÇÃO FOCLÓRICA E CULTURAL DO BOI-BUMBÁ FLOR DO CAMPO

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Em virtude dos lamentáveis fatos ocorridos durante o concurso para a escolha dos itens “cunha-poranga” e “rainha do folclore” da Associação Folclórica e Cultural do Boi-Bumbá Flor do Campo, realizado no dia 16 de julho de 2011, nas dependências da Escola Almirante Tamandaré, a comissão organizadora do evento vem a público fazer os seguintes esclarecimentos:

1 – Primeiramente, lamentar que interesses insondáveis, busquem desestabilizar a harmonia da agremiação, COM EXTENSIVA PUBLICIDADE EM SITES DE RELACIONAMENTOS e PROGRAMAS DE RÁDIO, intitulados de “PROTESTOS”, desarticulados e sem conhecimento de causa. Indaga-se:

• ISSO REALMENTE CONTRIBUI PARA O ENGRANDECIMENTO DA NAÇÃO VERMELHA E BRANCA?

• ISSO NÃO SERIA “UM PRATO CHEIO” PARA A AGREMIAÇÃO CONTRÁRIA?

• COM ESSAS ATITUDES, NÃO ESTARÍAMOS NÓS, NAÇÃO FLOR DO CAMPO, DEMONSTRAMOS QUE NOSSO PRINCIPAL ADVERSÁRIO SOMOS NÓS MESMOS, COM NOSSA INSTABILIDADE EMOCIONAL E INTRANSIGÊNCIA, SEM SUBMISSÃO A NORMAS E REGULAMENTOS, NECESSÁRIOS À ORGANIZAÇÃO DO GRUPO?

• A SUPERLATIVIZAÇÃO DE PEQUENOS EQUÍVOCOS, DENTRO DE UM IMENSO UNIVERSO DE SOLUÇÕES A SEREM DADAS PARA A DISPUTA NA ARENA, NÃO SERIA “UM TIRO NO PRÓPRIO PÉ”?

2 – A desclassificação de uma candidata, ocorreu em virtude de impugnação feita por uma das candidatas, e em atenção à “Cláusula 1ª” do Regulamento do Concurso, especificamente, em atenção ao critério objetivo de altura mínima e uma vez que a candidata possuía 1,61m, enquanto o edital exigia altura mínima de 1,66m. Vale lembrar que o REGULAMENTO DO CONCURSO fora elaborado em 10/06/2011, portanto há mais de um mês da realização do concurso.

3 – Não obstante, o mesmo regulamento exigia que a candidata, ou familiares próximos, comprovasse possuir residência na cidade de Guajará-Mirim ou em seus distritos, requisito também não cumprido pela candidata eliminada, uma vez que, durante uma triagem realizada na documentação da mesma, foi apurada uma possível irregularidade, mais tarde confirmada pela Comissão, seja esta, a adulteração de documento particular (uma conta de telefone), que visava forjar uma falsa residência nesta cidade.

4 – Salienta-se que todas as candidatas, no ato de sua inscrição, declararam ter pleno conhecimento do regulamento e de seus dispositivos, sujeitando-se de pleno a eles, inexistindo, pois, razão para insurgências. A propósito, eis a integral transcrição da Cláusula 18 do Regulamento:

“CLÁUSULA 18 – O ato da entrega do Requerimento solicitando inscrição pressupõe, por parte da candidata ou do seu responsável legal (pai, mãe ou tutor), total conhecimento e concordância com este Regulamento.”

5 – Outrossim, está sendo apurado o envolvimento dos responsáveis pela inscrição da referida candidata, que deixaram proceder, conforme determinação da Comissão, a medição da mesma no ato de sua inscrição.

6 – Em razão do lapso anteriormente relatado a Comissão Organizadora valeu-se do disposto na Cláusula 22:

“CLÁUSULA 22 – Caberá, exclusivamente a Associação Folclórica e Cultural Boi-Bumbá Flor do Campo, avaliar e decidir sobre os casos omissos e as dúvidas suscitadas neste Regulamento.”

7 – Assim sendo, antes da realização do certame, realizou a medição de todas as candidatas, inclusive da senhora Mirlene, que foi advertida que a impugnação de qualquer outra candidata resultaria em sua desclassificação, decidindo, por sua conta, participar e correr o risco, assim como a candidata vencedora e as demais.

8 – A Comissão Organizadora, em virtude dos já relatados lapsos e imprevistos ocorridos no ato das inscrições, utilizou de suas faculdades previstas no Regulamento (Cláusulas 19, 20 e 21), e permitiu a participação de todas as candidatas, como forma de promover a mais ampla concorrência, salientando, no entanto, que poderiam, antes da apuração final, impugnar a candidatura das concorrentes, por qualquer causa prevista no edital, para maior esclarecimento, destaca-se os dispositivos supra citados:

“CLÁUSULA 19 - A promotora reserva-se no direito de desclassificar qualquer candidata que julgue estar manipulando a operação deste Concurso ou violando os termos e condições dispostos neste Regulamento.

CLÁUSULA 20 - A Associação Folclórica e Cultural Boi-Bumbá Flor do Campo reserva-se no direito de modificar ou encerrar o presente concurso por qualquer motivo devidamente justificável e sem aviso prévio, sem que isso implique qualquer responsabilidade aos participantes ou a terceiros. Reserva-se, também, no direito de modificar o presente Regulamento, nas mesmas condições, em caso de necessidade comprovada.

CLÁUSULA 21 - A promotora reserva-se o direito de cancelar, suspender ou modificar o concurso caso ocorram fraudes, dificuldades técnicas, ou qualquer outro imprevisto que esteja fora do seu controle e que comprometa a integridade do concurso, de forma que não possa ser conduzido como originalmente planejado.”

9 – As impugnações, como já dito, deveriam ser feitas pelas candidatas que se sentissem prejudicadas, todavia, nenhuma delas ofereceu, em tempo oportuno (antes da apuração final), impugnação à candidatura da vencedora ou de qualquer outra candidata, razão pela qual, não foi analisado, em nenhuma das candidatas, o tão contestado critério de “traços indígenas”, que aliás, ao contrário de “altura” e “comprovação de residência”, é subjetivo/relativo, e deveria ser analisado em conjunto com os jurados.

10 – Por derradeiro, a atual diretoria reafirma o propósito e o compromisso assumido em idos do ano de 2009, consistente na seriedade, organização e gerência da Agremiação, que até então, estava em acelerado processo de sucateamento e decadência, propiciado exatamente pela falta dos compromissos relatados anteriormente.

11 – No mais, qualquer versão ou fato que fuja aos esclarecimentos aqui apresentados desmerecem qualquer credibilidade, e certamente partirão de pessoas que não compartilham dos melhores interesses ao Boi Flor do Campo, e visam ferir tão somente a harmonia, e união da “Nação Vermelha e Branca”.

12 – Não se permitirá, de nenhuma forma, que às vésperas do verdadeiro duelo (com o Boi Contrário), ocorram os fatos de outrora, e que com a instauração do caos, se decida uma disputa até então justa, fazendo imperar interesses obscuros e não saudáveis à Agremiação.

13 – O momento é delicado e clama por verdadeiras provas de amor pela Associação, que não se confundem com preferências pessoais por uma ou outra candidata, que nada mais é do que a representante de 01 (um) dos 21 (vinte e um) itens em disputa na arena. Diante disto, qualquer novo ato de vandalismo, hostilização ou desordem será coibido com veemência, resultando no afastamento dos integrantes que os provocarem, a começar pela proibição de participar e/ou adentrar nos espaços onde ocorrem os eventos da Agremiação, inclusive ensaios.

Comissão Organizadora do Concurso
Presidente da Associação Folclórica e Cultural do Boi-Bumbá Flor do Campo

terça-feira, 12 de julho de 2011

MERCADO CENTRAL: QUASE UM SÉCULO DE MALDIÇÃO



Fachada orginal da Floricultura e o histórico Bar do Zizi.
 
Muito provavelmente uma maldição paira sobre o antigo Mercado Central de Porto Velho, hoje Mercado Cultural. O prédio, outrora imponente arquitetura eclética e com claras inspirações neoclássicas, ao longo das décadas foi sendo marcado, paulatinamente, por valores sentimentais, históricos e estéticos.

A história da edificação do primeiro Mercado Municipal da cidade começa com o Major Fernando Guapindaia de Souza Brejense, primeiro Superintendente de Porto Velho, que determinou a construção do necessário mercado, sendo a obra inaugurada e em 28 de julho de 1915.

O Doutor Joaquim Augusto Tanajura, sucessor do Major Guapindaia, foi o primeiro algoz do Mercado Municipal da cidade. Em 1º de janeiro de 1917 decretou a demolição do prédio, alegando a necessidade de se construir outra edificação de maior porte, com condições de melhor atender as necessidades da população e dos feirantes. Com este ato, têm início os atentados carniceiros e acontecimentos opróbrios contra o patrimônio público de Porto Velho. Tanajura, que pretendia deixar uma grande marca arquitetônica, jamais conseguiu erguer o novo projeto do Mercado Municipal.

Foto histórica do antigo Mercado Municipal.
Na administração do Superintendente Francisco Pinto Coelho, já na década de 20, os trabalhos para construção do mercado foram retomados, contudo, pouca coisa se fez, e, no decorrer de várias administrações da cidade, muitos prefeitos contribuíram para erguer a obra arquitetônica que um dia abrigaria o Mercado Municipal.

Em junho de 1948 o Prefeito Ruy Brasil Cantanhede deu novo início às obras de construção do Mercado Municipal. Em 12 de junho de 1950 Cantanhedei inaugurou o mercado, numa versão arquitetônica eclético-neoclássica que perdurou até a década de 80.

Ao longo de sua história, a edificação sempre foi cercada por acontecimentos sinistros. Na década de sessenta, por exemplo, um grande incêndio consumiu metade do prédio, deixando a cidade, feirantes, populares e freqüentadores assíduos do antigo mercado em pavorosos. Sobre o bizarro incidente recaiu a suspeita de um crime proposital, articulado por uma poderosa família que, naquela época, tinha interesses e projetos imobiliários para o terreno.

Após o estranho e ‘imprevisto’ incêndio, permaneceu de pé apenas metade da edificação. Na outra metade do terreno foi erguido o Edifício Rio Madeira, uma iniciativa do - hoje falido - Grupo Tourinho.

E assim, o antigo mercado se manteve funcionando, parcialmente, por anos, como um símbolo à covardia, com apenas metade da sua edificação. Um verdadeiro fantasma do passado, jazendo teimoso.

Porém, numa certa sexta-feira Santa da década de oitenta – é isto mesmo que você leu: sexta-feira Santa -, ao cair da noite, sorrateiramente a maldição ressurgiu das trevas e avançou sobre nosso patrimônio cultural. Espectros, pilotando o espírito do mal metamorfoseado em forma de tratores, massacraram o que restou do antigo Mercado Central, pondo a baixo, definitivamente, quase toda edificação restante. Sobreviveram, erguidos, apenas três bazares onde insistiam em funcionar, entrincheirados, como bravos índios guerreiros, uma pastelaria (pela Rua Presidente Dutra), uma floricultura e o famoso e histórico Bar do Zizi (com frentes voltadas à Praça e Palácio Getúlio Vargas). Mais uma vez reincidiu sobre os mesmos suspeitos a acusação do ataque covarde, criminoso e ignomínico que botou a baixo as reminiscências arquitetônicas do antigo Mercado Central.

Foto histórica do antigo Mercado Municipal.
Diante daquela tragédia ardilosa e ceifadora da memória da cidade, a população se mobilizou. O segmento cultural, professores, historiadores, escritores, advogados e pioneiros protestaram. O caso foi parar nos tribunais. Durante mais de duas décadas a contenda se arrastou pelos corredores da justiça local.

Finalmente, uma luz parecia iluminar o final do túnel funesto através do qual se enveredou a valiosa edificação histórica que um dia abrigou o nosso Mercado Central. No ano de 2006, a atual administração municipal acenou com um projeto de reconstrução, restauração e revitalização do antigo edifício, intitulando a proposta de Mercado Cultural, ressignificando, assim, suas funções, doravante adequadas para apresentações de espetáculos produzidos por artistas caboclos e beraderios e suas produções culturais, artistas convidados, visitantes e turistas. Vislumbrava-se então, esperançosamente, o restabelecimento de um templo sagrado para população local, onde habitaria, perpetuamente, a estética, a produção cultural e a memória beradeira.

Ledo engano. O projeto proposto pela municipalidade começou, mais uma vez, enviesado, ou, melhor dizendo, pelo fim de tudo: tratores, maquinas pesadas e caçambas demoliram, por completo, o derradeiro símbolo de resistência da nossa luta, da nossa memória e do nosso passado recente. Caia, por fim, nossa última insígnia de resistência. Nada restou. Só escombros e pó do passado, das históricas lutas dos descendentes de karipunas e karitianas, de beraderios, de caboclos, dos nordestinos das primeiras levas, dos trabalhadores barbadianos, indianos, americanos, ingleses e de tantas outras nacionalidades que aqui se instalaram para erguer a fabulosa Madeira-Mamoré.

Sobre o terreno vazio - teatro de guerra estética onde se enfrentaram, ferozmente, de um lado o discurso da preservação e da memória defendido pelos colonizados e, na outra margem oposta, posicionados firmemente, colonizadores, ostentando a fala do novo, do moderno - restou para Prefeitura de Porto Velho erguer uma polêmica cópia, uma réplica, uma imitação, um borrão do antigo Mercado Central, para arrefecer os ânimos exaltados.

O clone, inspirado na arquitetura histórica que um dia existiu, passou a suprir uma lacuna e, aos poucos, foi tomando lugar no espaço cultural da cidade. O atual Mercado Cultural vem figurando como o principal palco da cultura portovelhense. Tomou tamanha importância e envergadura que tem sido usado por míopes e ambiciosas autoridades, como valioso instrumento de disputa interna para conquista de mais poder e espaço político na administração municipal.


A fachada hoje, recontruída.

A peleja política sanguinolenta não tem poupado quase nada e atropela tudo que estiver pela frente. A contenda insana já elegeu as vítimas da vez: o produto cultural da urbe tupiniquim, os artistas e seus instrumentos de fazer arte e a indefesa programação artística do Mercado Cultural. Confiscar freezes, mesas, cadeiras, instrumentos musicais, banir o público, inviabilizar palco, recolher as luzes da ribalta são táticas eficazes e impiedosas utilizadas pelos oponentes, que atingem, certeira e exclusivamente, o artista e seu público.

Para os artistas e o grande público restaram apenas uma única saída: aguardarem, recolhidos em lugar seguro, torcendo para que os verdadeiros inimigos da cultura - com suas loucas disputas por migalhas do poder –, num final imprevisto, sucumbam abraçados.

Enquanto esta dádiva não for materializada, vamos invocar velhos espíritos indígenas, pajés do além, intimar as entidades encantadas dos terreiros da sincrética cidade de Porto Velho, em especial, o de Santa Bárbara, nossas benzedeiras, para juntos realizarmos um fortíssimo ritual purificador, inclusive lavando a calçada e o palco do nosso templo sagrado de manifestações culturais com o chá do cipó de mariri, e assim, de uma vez por todas, expurgar esta maldição de olhar agourento que teima cercar o Mercado Cultural, nossos artistas e o nosso patrimônio artístico-cultural. Macumba forte nos perseguidores da cultua, em nome de Deus, de Alá, de Oxalá e de Tupã!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

FLOR DO CAMPO REFORÇA NAIPE DE ARTISTAS

Gereka, Edinart e Dayna
Para desenvolver o tema Amazônia Terra Mãe, o Boi-Bumbá Flor, que é um dos personagens protagonistas do “Duelo da Fronteira”, embate estético que acontece todos os anos durante a realização do Festival Folclórico de Guajará-Mirim, decidiu reforçar seu quadro de artesãos idealizadores e realizadores dos objetos artísticos que o bumbá apresenta na arena do festival, contratando vários profissionais que trabalham na festa folclórica de Parintins.
Para robustecer a equipe de artistas do barracão de alegorias comandado Ednart Gomes, o mago das cores e das formas alegóricas articuladas, a Diretoria do Flor do Campo contratou, em Parintins, Geremias Pantoja (o Gereka), pintor de alegorias (‘pistolador’, em linguagem de barracão); Nildo Souza, exímio escultor em ferro; Claudenor Alfaia (Nonoca), mestre na criação de escultura em isopor e Luciano dos Santos, especialista em solda. Os novos contratados engrossam a equipe ‘prata da casa’ que trabalha há vários anos no QG do boi vermelho e branco do Bairro Tamandaré.

Marcos Falcão e Aldrin Peres
Para criação, ensaio e apresentação de arrojado risco coreográfico, Estelina Moraes mandou buscar da Ilha de Tupinambarana, Marcos Falcão, Breno Taves e Aldrin Peres, coreógrafos responsáveis pela elaboração artística das apresentações da tribo Mura, da Festa Tribal e do conjunto folclórico do bumbá de D. Georgina. O grupo de dançarinos comandado por Falcão, que também compõe a equipe de artistas do Boi-Bumbá Caprichoso, já prestou serviços artísticos no carnaval de São Paulo e Rio de Janeiro e no Festival Tribal de Juruti, no Estado do Pará.

Os artistas que estão trabalhando nos barracões de alegoria, fantasias e adereços, os músicos e batuqueiros e os coreógrafos, de Guajará-Mirim, Porto Velho e Parintins, brincantes e a Diretoria do Flor do Campo garantem que este ano vão revolucionar e surpreender na arena do Festival. Quem viver verá, afirma o naipe artístico do grêmio cultural que busca seu terceiro título consecutivo.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

PROGRAMAÇÃO DO FLOR DO MARACUJÁ

A XXX Mostra de Quadrilhas e Bois Bumbás que está acontecendo no Arraial Flor do Maracujá, apresenta na noite desta sexta feira 08, os seguintes grupos:

20h00 - Quadrilha mirim Matutinhos do Triângulo
21h00 – Boi mirim Brilhantinho
22h00 – Quadrilha adulta A Roça é Nossa
23h05 – Boi Bumbá Corre Campo
00h00 – Banda Os Cobras do Forró


Sábado – 09.07.11

20h00 – Quadrilha mirim Rádio Farol
21h00 – Boi mirim Estrelinha
22h00 – Quadrilha adulta Rádio Farol
23h05 – Boi Bumbá Diamante Negro

FLOR DO MARACUJÁ

Corre Campo – Nosso código é preservar

Fonte: Sílvio Santos (*)
Sílvio Santos, Amo do Corre Campo
O bumbá Corre Campo o grupo que mais títulos ganhou nesses 30 anos, de Mostra de Quadrilhas e Bois Bumbás do Arraial Flor do Maracujá, se apresenta na noite de hoje com o tema “Nosso Código é Preservar” e o “Ritual da Cura”.

O bumbá que nasceu na Baixa da União em 1954, desde 2004, é dirigido pela bacharela em direito e educação física, Maria José Brandão carinhosamente chamada de dona Branca. De acordo com a direção de arte do “Gigante Sagrado”, a apresentação será desenvolvida em quatro atos:

1º Ato - O Auto do Boi Bumbá; 2º Ato - O espetáculo das cunhãs (Porta Estandarte, Rainha da Batucada, Rainha do Folclore, Morena Bela, Rainha da Floresta, Rainha da Cultura, Rainha do Folclore, Cunhã Poranga mais o Diretor de Barreiras de Índios). 3º Ato Ritual da Cura seguido da apresentação do Pajé e 4º Ato - Despedida.

As indumentárias dos vaqueiros, rapazes, batucada e tribos foram idealizadas pela dona Branca e sua filha Caroline – Carol que até o ano passado se apresentou como Sinhazinha da Fazenda. “O desenvolvimento artístico dos cenários e alegorias é do Saulo Toscano que contou com o auxilio do artesão Bomba e mais a equipe de arte do Corre Campo”, disse Branca.

A toada tema “Nosso Código é Preservar”, é de autoria do compositor e levantador de toadas Silvio José Santos com arranjos do maestro Júnior de Castro Alves, a coreografia das tribos, foram criadas pelo Joãozinho, Ricardo e Patrícia. O Ritual é uma criação dona Branca em parceria com o Amo Silvio Santos. “Vamos colocar no ‘curral’ de dança do Maracujá grandes alegorias e tribos indígenas com as mais belas indumentárias. Nosso boi vai para ganhar o título”, finalizou Branca.

Ficha Técnica
Amo - Silvio SantosSinhazinha da Fazenda – Paula
Levantador de Toada – Silvio José Santos
Miolo – Sandro e Carlinhos
Rainha da Batucada – Liliane
Rainha do Folclore – Jack
Cunhã Poranga – Silvinha Rodrigues
Morena Bela – Ana Célia Santos

*Sívio Santos é colunista cultural do Jornal Diário da Amazônia e Amo do Boi Corre Campo. Matéria publicada na página Caderno de Cultura do jornal citado.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

PRESOS HOMOSSEXUAIS PODERÃO RECEBER VISITAS ÍNTIMAS

Imagem colhida do blog:
http://vereadorassisfilho.blogspot.com/

O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária do Ministério da Justiça publicou no Diário Oficial da União desta segunda-feira (4), resolução nº 4, que recomenda aos Departamentos Penitenciários Estaduais ou órgãos congêneres que seja assegurado o direito à visita íntima as pessoas presas, recolhidas nos estabelecimentos prisionais. Na resolução o direito é, também, assegurado às pessoas presas casadas entre si, em união estável ou em relação homoafetiva. Segundo o coordenador-geral de Promoção dos Direitos LGBT da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), Gustavo Bernardes, a recomendação é um grande avanço, e já é uma repercussão da decisão do Superior Tribunal de Federal sobre a união estável para casais do mesmo sexo.

“As pessoas privadas de liberdade não podem ter limitadas quaisquer outros direitos, além daqueles definidos pelo juízo criminal. É muito importante que sejam reconhecidos os direitos sexuais e reprodutivos das pessoas privadas de liberdade, ” explicou Bernardes. Ele ressaltou ainda que o desafio agora é evitar que as pessoas sejam discriminadas ou retaliadas nas penitenciárias após informarem sua orientação sexual.

“Com a resolução, que também traz a recomendação de garantir em todos os estabelecimentos prisionais o direito à visita íntima para a mulher presa (hetero ou homossexual), todas as pessoas serão beneficiadas”, acrescentou Bernadres, destacando que a medida beneficia também as mulheres no sistema carcerário, muitas vezes tratadas com preconceito no que diz respeito às visitas íntimas.

Fonte: Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, publicado em 05/07/2011, (http://www.sedh.gov.br/)

segunda-feira, 4 de julho de 2011

AMAZÔNIA TERRA MÃE

O Boi-Bumbá Flor do Campo, defensor das cores vermelho e branco e  representante mór da comunidade do bairro Tamandaré, em 2011 entrará na arena de disputa, onde pretende combater o seu desafeto durante a realização do duelo da fronteira, com o tema Amazônia Terra Mãe.

Segundo a Diretoria do grêmio cultural, este é um assunto com grande força simbólica e com ampla capacidade de colocar no centro do anfiteatro de enfrentamento dos bumbás, belíssimo espetáculo artístico, onde o ápice da peleja estética alertará para necessidade de se preservar o 'ventre da mãe' terra: a Amazônia, seus povos, sua história, suas lendas, mitos, rios e florestas.

Para garantir frondosas e eloqüentes alegorias, fantasias e adereços, a Diretoria enviou para Parintins sua equipe de artistas, liderada por Ednart Gomes, que já retornou ao barracão de alegorias, onde trabalha, afoito, cheia de idéias e novidades que, segundo o artista e a Presidente Estelina Moraes, só serão reveladas nos dias das apresentações do Boi Flor do Campo.


sexta-feira, 1 de julho de 2011

MERCADO CENTRAL DE PORTO VELHO

Histórico do primeiro mercado público municipal de Porto Velho

Por Antônio Cândido da Silva (*)

Na história do nascimento de toda cidade certas coisas são imprescindíveis para a segurança e bem estar das pessoas e, de maneira geral, para assegurar o crescimento do povoado.

Entre as necessidades primeiras de um povoado podemos citar: a delegacia, o cartório, a igreja, o juiz, a padaria e um mercado, onde o cidadão encontra, em um só lugar, os gêneros de primeira necessidade para a sua subsistência.

Porto Velho, que nasceu com as primeiras construções do parque ferroviário da Madeira-Mamoré, em 1908, não tinha problemas de alimentação, pois, os gêneros de primeira necessidade eram adquiridos pelos americanos na "Comissary", que também tinha à disposição dos fregueses mercadorias importadas da Europa e dos Estados Unidos.

A construção do parque ferroviário exigiu a contratação de funcionários especializados, como carpinteiros, ferreiros, soldadores, mecânicos e principalmente braçais. Esses funcionários, por necessidade de ficarem próximos do local do trabalho, foram se fixando em volta do parque ferroviário, como no caso dos "barbadianos" que se localizaram no Alto do Bode.

A partir daí e, principalmente depois da construção da ferrovia, em 1912, a população de Santo Antônio do Rio Madeira foi, gradativamente, se transferindo para Porto Velho, obrigando os americanos a criarem a "linha divisória" como forma de preservar a área das instalações ferroviárias e a privacidade dos seus administradores.

Com o surgimento do povoado nasceu a necessidade de um local certo para a venda de carne, comprada nas embarcações e peixes pescados no rio Madeira.

Últimos bazeres demolidos: Floricultura e Bar do Zizi
Antônio Cantanhede informa que o primeiro estabelecimento para suprir essas necessidades foi construído, com permissão dos americanos, por um barbadiano que levantou uma barraca coberta de palha nas imediações do porto de desembarque, onde vendia carnes, bebidas e víveres em pequena escala.

O ponto foi adquirido pelo senhor Felix Campos que o cobriu de zinco e funcionou como mercearia, botequim e mercado, até ser transferido para um barracão de zinco de propriedade da Companhia ferroviária, edificado na área da praça Mal. Rondon, passando a ser administrado pelo senhor José Pontes.

Com a criação do município de Porto Velho, em 2 de outubro de 1914, o Major Fernando Guapindaia de Souza Brejense, primeiro Superintendente de Porto Velho, em obediência à Lei Municipal nº 4, de 9 de março de 1915, construiu e inaugurou em 28 de julho daquele ano, o primeiro mercado municipal da cidade.

O Doutor Joaquim Augusto Tanajura que substituiu o Major Guapindaia em 1 de janeiro de 1917, mandou demolir o prédio alegando a necessidade de se construir um prédio de grande porte. O Doutor Tanajura não conseguiu realizar o seu intento porque o seu gesto desagradou o povo que lhe negou apoio.

O Superintendente Tanajura buscou apoio financeiro junto ao governo do Amazonas tendo conseguido autorização através da Lei nº 903, de 31 de agosto de 1917, que autorizava o município a contrair um empréstimo no valor de (Rs.300.000.000) trezentos contos de réis.

Com esses recursos Doutor Tanajura iniciou as obras de construção do mercado não conseguindo, porém, ir além dos alicerces.

Ao assumir pela segunda vez, em 1923, a Superintendência do município, Doutor Tanajura tentou cumprir a Lei 162, de 19 de outubro daquele ano e, mais uma vez, por unanimidade, o apoio popular lhe foi negado.

Dez anos depois, na administração do senhor Francisco Pinto Coelho, que durou apenas oito meses, os trabalhos de construção do prédio foram retomados, mas muito pouca coisa foi feita.

Planta baixa (croqui) do Mercado
Vários Superintendentes e Prefeitos deram a sua parcela de colaboração para que o Mercado Municipal fosse construído, entre eles Boemundo Álvares Afonso, Mario Monteiro, Carlos Costa e Dr. Celso Pinheiro, cujos esforços não conseguiram ir além da cobertura do prédio.

Somente na administração do Prefeito Ruy Brasil Cantanhede, iniciada em junho de 1948, as obras de construção do Mercado Municipal tomaram novo impulso e, quatro anos depois, em 12 de junho de 1950, o prédio foi finalmente inaugurado.

O Mercado Público Municipal funcionou normalmente até o ano de 1966, quando um incêndio (segundo alguns, criminoso) destruiu a metade do prédio cujo terreno, não se sabe como, caiu nas mãos de particulares que construíram ali o edifício Rio Madeira, e tentaram a todo custo grilar o restante da área, o que não aconteceu devido a persistência do Empresário Zizi que não abandonou o local.

O prédio possuía quatro portas de entrada, na parte central de cada lado do prédio: para os lados Norte, Sul, Leste e Oeste. Na porta da parte Sul foi afixada uma placa comemorativa com a seguinte inscrição:

1915 – 1923

Iniciado nas Administrações
Major F. Guapindaia de S. Brejense e Dr. Joaquim Augusto Tanajura

1950

Concluído na Administração
Dr. Ruy Brasil Cantanhede

O pé direito da construção era em torno de 6 metros e o prédio era circundado por uma calçada de aproximadamente 3m de largura. No lado Sul a calçada possuía 3 degraus, bem como esse lado do prédio que também fora construído sobre mais 3 degraus para compensar o declive do terreno.

Nas laterais Norte e Sul, excluídas as duas portas de entrada, havia 14 portas em cada lado e, nas laterais Leste e Oeste, excluídas as portas de entrada, havia 18 portas em cada lado, além de uma porta em cada canto do prédio (que era chanfrado), num total de 68 portas.

As portas laterais e dos cantos totalizando 68 portas, correspondiam aos 32 "boxes" comerciais com abertura para o exterior, tendo cada box o tamanho aproximado de 6m x 6m (36m²) e duas portas cada boxe, devendo ser considerado que os boxes dos cantos tinham 3 portas.

O interior da construção era composto de uma grande área coberta, cortada por dois corredores que se cruzavam no centro do prédio dividindo-o em 4 partes e fazendo a ligação entre as portas de entrada.

Das quatro áreas internas, três eram destinadas à venda de verduras, comidas e mercadorias em geral. A outra parte era destinada à comercialização de carnes e peixes.

* Antônio Cândido da Silva - Professor, Escritor, Pesquisador e Poeta
   Artigo publico no blog http://marcoshassan.blogspot.com/, em20/02/2011

PT DE GUAJARÁ-MIRIM PARTICIPA DE ENCONTRO POLÍTICO COM EVO MORALES

Profa. Lília Ferreira, Presidente PT/GM O Presidente da Direção Regional do Movimiento al Socialismo - Instrumento Político por la Soberanía...